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As onze melhores maneiras de aumentar a fertilidade

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Tentar engravidar pode ser um momento emocionante, mas estressante para homens e mulheres. Alguns conseguem conceber imediatamente, mas, para alguns, a demora pode parecer uma eternidade. Não importa se está tentando conceber seu primeiro ou décimo filho, há algumas coisas simples que você pode fazer para aumentar sua fertilidade. Embora haja muita argumentação na mídia de que certos tipos de alimentos ou suplementos podem aumentar a fertilidade, muitos não são apoiados pela Ciência.

 

“Algumas das substâncias presentes no meio ambiente e  algumas atitudes do dia a dia podem prejudicar o processo de fertilização. Hábitos inadequados, se ainda não tiverem sido corrigidos, deverão ser evitados ao máximo, tanto pela mulher quanto pelo homem”, afirma o médico Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

 

Abaixo, onze dicas, baseadas na Ciência, que podem melhorar as chances de homens e mulheres de conceber.

 

1: Tenha um peso saudável

 

Idealmente, a maioria das mulheres gostaria de ter o “peso perfeito”, mas o peso ideal para cada indivíduo pode não ser o peso ideal para a fertilidade. As pessoas que estão em ambos os lados do espectro, com excesso ou abaixo do peso, podem achar difícil conceber.

 

O peso pode afetar a regulação hormonal e, portanto, afetar a ovulação. Manter um peso corporal saudável pode ajudar a regular a ovulação normal e aumentar a probabilidade de conceber.

 

2: Mantenha o esperma saudável

 

A maioria das mulheres se concentra na saúde e qualidade dos óvulos e no momento da ovulação; no entanto, a saúde do esperma também é importante. Quantidade, movimento e estrutura são todos componentes importantes da saúde do esperma, e há uma série de coisas que os homens podem fazer (ou evitar) para ajudar a manter o esperma saudável. Na tentativa de manter os espermatozoides saudáveis, homens são encorajados a manter um peso corporal saudável, manter uma dieta saudável, prevenir doenças sexualmente transmissíveis, controlar o estresse e se exercitar regularmente.

 

Evitar fumar, limitar o consumo de álcool, evitar toxinas, como pesticidas e produtos químicos, são passos que podem ser tomados para promover a saúde do esperma. Manter o escroto fresco é um tópico de debate e a pesquisa não é conclusiva sobre o efeito do calor e da produção de espermatozoides; no entanto, certificar-se de que os testículos não ficam muito quentes (em roupas íntimas apertadas, por exemplo) pode ser algo sensato. É importante que os homens considerem usar roupas íntimas folgadas, ficar menos tempo sentados e evitem fontes de calor, como saunas e banheiras de hidromassagem. Também pode ser sensato manter laptops e telefones celulares longe do escroto.

 

3: Previna doenças sexualmente transmissíveis

 

Evitar doenças sexualmente transmissíveis (DST) é recomendado para proteger não só a saúde geral, mas também a fertilidade. A gonorreia e a clamídia, em particular, causam problemas de fertilidade em homens e mulheres. Existem medidas que podem ser tomadas para reduzir o risco de contrair uma DST. Em primeiro lugar, é uma boa ideia usar sempre preservativos e limitar o número de parceiros sexuais. Indivíduos em um relacionamento monogâmico devem se certificar de que seu parceiro tenha sido testado e não tenha uma DST.

 

4: Faça sexo

 

Se você estiver em um relacionamento heterossexual e tentar conceber, é melhor fazer sexo vaginal com frequência, especialmente durante o período fértil da mulher. Em média, os dias mais férteis do ciclo menstrual de uma mulher incluem os 5 dias antes da ovulação (liberação de um óvulo), o dia da ovulação e 2-3 dias após ela ocorrer. Isto é 10-16 dias após um período, se os ciclos forem normalmente de 28 dias. Fazer sexo a cada dia ou dois aumenta as chances de pegar aquele período fértil.

 

5: Escolha a lubrificação

 

Alguns casais podem precisar de lubrificação para a relação sexual, mas nem todos os lubrificantes são iguais. Eles podem ser comprados na farmácia ou encontrados em nossas próprias cozinhas. Se você estiver procurando por um “remédio caseiro”, considere o uso de óleo para bebês, óleo de canola ou clara de ovo. Ao comprar lubrificantes sem receita, considere um que tenha sido projetado com a fertilidade em mente. A motilidade espermática pode ser inibida em até 100% quando lubrificantes à base de água são usados. No entanto, alguns foram criados especialmente para pessoas que querem se tornar pais.

 

6: Beba com sabedoria

 

Homens e mulheres precisam ter cautela em relação a bebidas alcoólicas quando pensam em aumentar as chances de melhorar a fertilidade. Nos homens, o excesso de álcool pode diminuir a produção de testosterona, causar impotência e contribuir para uma diminuição do esperma produzido pelo organismo. Nas mulheres, o consumo excessivo de álcool pode levar a certos distúrbios da ovulação, e isso afeta sua capacidade de conceber.

 

7: Minimize o consumo de café

 

Além do consumo de álcool, a cafeína pode desempenhar um papel na infertilidade. Isso quando se consome 500 miligramas ou mais por dia, o equivalente a cerca de 5 xícaras. Os limites diários recomendados de consumo de cafeína são de cerca de 200-250 miligramas por dia.

 

8: Não fume

 

Nós todos sabemos que fumar é ruim para a saúde em geral, mas também pode afetar a capacidade de uma mulher engravidar. Isso sem falar que a mulher grávida precisa parar de fumar. O fumo, em homens, pode levar à diminuição da produção de espermatozoides, diminuição da motilidade e causar danos ao DNA; nas mulheres, também pode envelhecer prematuramente os ovários.

 

9: Pare com o excesso de exercício

 

Embora o exercício seja bom para a saúde em geral, ao tentar engravidar, o exercício vigoroso pode ser mais prejudicial do que benéfico. Exercícios vigorosos excessivos (mais de 5 horas por semana), podem levar a problemas de fertilidade devido à supressão da ovulação e do hormônio progesterona. Todo mundo tem diferentes expectativas de aptidão física e níveis de atividade física, portanto, falar com um médico é importante para determinar o quanto de atividade física é melhor para cada indivíduo.

 

10: Cuidado com as toxinas

 

Certos produtos químicos podem contribuir para a infertilidade masculina e feminina. Homens e mulheres expostos a pesticidas, chumbo e solventes orgânicos podem ter problemas de fertilidade.

 

Pessoas que lidam com impressoras ou atuam em lavanderias, trabalhadores industriais ou agrícolas, cabeleireiros e auxiliares de consultório dentário, por exemplo, podem aumentar os riscos de infertilidade devido à exposição a certos produtos químicos relacionados ao trabalho. Uma pessoa que esteja preocupada com a fertilidade e fatores de risco pessoais, deve falar com um médico.

 

11: Tenha uma alimentação saudável

Seja cauteloso com alimentos coloridos, medicamentos ayurvédicos da Índia e algumas ervas chinesas, que podem conter substâncias tóxicas. Bebidas “diet” e alimentos “light”  são permitidos. Reduza o consumo de alimentos gordurosos, como embutidos, manteiga, frituras e alguns peixes de água doce que podem conter dioxina, uma substancia tóxica presente na atmosfera que, por meio do ar e da água, se aloja na gordura dos animais. Procure beber pelo menos oito copos de água por dia. Isso ajudará a manter a melhor atividade metabólica. Comida japonesa (sushi) é permitida, se for imune à toxoplasmose.

Para saber mais sobre alimentação e fertilidade, visite o site https://dietadafertilidade.com.br/

Para quando a gravidez não vem

“Infelizmente, por mais cuidados que se tome, a natureza não privilegia a todos. Mesmo o indivíduo que tem uma saúde clínica e hormonal perfeita, uma dieta ideal, hábitos de vida corretos e um estilo de vida impecável poderá ter contra ele a genética ou outros fatores negativos, que provoquem golpes agressivos e até fatais à sua saúde reprodutiva”, explica Cambiaghi. Porém, o especialista lembra que, se isso acontecer, há sempre uma alternativa: “A ciência se incumbirá de proteger, defender ou devolver a fertilidade, por meio de técnicas modernas de diagnósticos e tratamentos que deverão ser aplicados de acordo com cada caso. No final, tudo dará certo”.

Fonte

Arnaldo Schizzi Cambiaghi é diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO, ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros.