Acompanhamento psicológico é essencial diante da expectativa do sucesso do tratamento e da espera do resultado
Muitos homens, mulheres e casais têm como projeto de vida ter filhos. No entanto, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infertilidade atinge cerca de 15% dos casais. Com isso, após muitas tentativas de engravidar sem sucesso, essas pessoas buscam as clínicas de tratamento para entender a dificuldade e obter auxílio para realizar esse sonho. Expectativa, medo, ansiedade e decepção são sentimentos comuns nesse cenário que podem levar ao final de um tratamento de fertilização, à depressão, perda da autoestima e estresse.
Segundo Laudiane Cruz, psicóloga da Clínica Origen – referência mundial em reprodução humana – na maioria dos casos, as pessoas estão em um estado emocional de fragilidade, ansiosos e desgastados por um processo que já pode ter sido longo e difícil. “Receber o diagnóstico da infertilidade, assim como a exclusão das possibilidades naturais para conceber um filho, provoca, muitas vezes, angústias, conflitos e desestabilidade emocional que afetam a vida pessoal, conjugal e até mesmo profissional”, explica.
Para Laudiane, as frustrações e angústias fazem parte desse contexto. E é nesse sentido que o serviço de psicologia exerce papel fundamental no acompanhamento de pacientes em tratamento de reprodução humana assistida. “Sempre é necessário um manejo de forma cuidadosa e singular com os pacientes, considerando que, cada um já vem com uma história percorrida e expectativas que diferem. Nessas circunstâncias, é importante que o tratamento seja acompanhado através de atendimentos psicológico e outras atuações que permitem o acompanhamento de resultados, elaboração de laudos, fornecimento de informações e esclarecimentos de dúvidas”, avalia.
Ela ainda destaca que o apoio psicológico deve estar disponível durante os diversos momentos do processo. “Fazemos o acolhimento a quem recebeu um diagnóstico de infertilidade, durante as fases do tratamento e na conclusão dele, seja com resultado positivo ou negativo, oferecendo melhor condição emocional em lidar com o que se apresenta nesse processo. Lembrando sempre que cada caso é um caso”, afirma. Laudiane acrescenta que, este trabalho busca auxiliar os pacientes a lidar com os medos, angústias e fantasias, considerando o intenso desgaste emocional que envolve a questão.
Fonte: Laudiane Cruz