Quem tem filho sabe que uma das maiores preocupações do verão é com a proteção solar dos pequenos. Segundo Paula Sanchez, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e especializada em dermatologia infantil, a proteção solar é, de fato, preocupante. “A aplicação do filtro solar químico e também físico é essencial para evitar queimaduras na pele. Tanto o mal uso, quanto o não uso de protetores na infância e adolescência causam essas queimaduras que, a longo prazo, aumentam as chances do desenvolvimento de câncer de pele na fase adulta”, afirma Paula.
Os perigos em torno da exposição solar geram muitas dúvidas e para ajudar os pais que estão planejando viagens para as férias, a Dra. Paula montou um guia de proteção solar para as crianças! Confira as dicas e mantenha seu filho sempre protegido!
- Protetor x idade dos bebês: A aplicação de protetor solar nos bebês deve ser iniciada a partir dos seis meses, sempre com produtos próprios para a idade. Antes disso os bebês não devem ser expostos diretamente ao sol e o uso de proteção física é essencial como, por exemplo, chapéu, sombrinhas e a própria tela do carrinho.
- Fator de proteção: O fator de proteção mínimo é o FPS 30, mas o ideal é o FPS 50. Uma curiosidade sobre os fatores de proteção é que a partir do FPS 30, eles não possuem diferenças exorbitantes de proteção, como ocorre entre o fator 15 e 30. “Esse aumento ocorre de forma mais discreta”, explica a dermatologista. O mais importante é aplicação correta do produto, a reaplicação e utilizar produtos próprios para crianças.
- Quantidade ideal: “Tão importante quanto escolher o fator certo, é aplicar do jeito certo”, afirma Paula. Para os adultos existe a recomendação de uma colher de chá por área (como face e pescoço), porém para as crianças não existe um medida exata. “Os pais devem ter em mente que o produto precisa formar uma camada protetora na pele, mas isso não significa que é preciso deixa a pele branca. Minha dica é aplicar uma boa quantidade que precise ser espalhada, mas que não deixe a criança besuntada. Na dúvida, fazer aplicação em duas camadas”, diz a médica.
- Reaplicação: De forma geral deve-se replicar o produto a cada duas ou três horas. E também sempre depois de suor excessivo e de banhos de mar e piscina. “Mesmo os produtos a prova d’água devem ser reaplicados, pois querendo ou não, sempre acabam saindo na água e em toalhas”, afirma Paula.
- Repelente: Para proteger os pequenos dos mosquitos, a dermatologista afirma que o repelente não deve ser aplicado em crianças menores de dois anos, nesses casos, utilize proteções físicas. O repelente deve sempre ser aplicado por último, ou seja, sempre será a última camada. “Os pais podem passar por cima das roupas também, para evitar que os mosquitos piquem por cima do tecido”, ensina a dermatologista.
Fonte: Dermatologista: Dra. Paula Sanchez
Formada em Medicina pela Universidade de São Paulo, Dra. Paula Sanchez se especializou em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas, em São Paulo. Hoje é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Em sua clínica, localizada em Pinheiros, Paula trabalha com tratamentos e serviços estéticos, principalmente na área capilar. Além disso, a médica é uma ótima fonte para dermatologia infantil.