Se você está tentando engravidar, e não consegue, saiba que existem fatores que podem reduzir sua taxa de fertilidade e a de seu companheiro. Muitos deles são relacionados a hábitos de vida, como fumar, beber e ter excesso de peso. Então, que tal começar a mudar, para preservar e aumentar suas chances de ter um bebê saudável e melhorar também sua qualidade de vida? Seguem algumas sugestões do Fertility Medical Group, especializado em Reprodução Assistida:
1. Pare de fumar
Que o cigarro faz mal à saúde, praticamente todos sabem, devido às campanhas que quase todos os países do mundo fazem para diminuir o consumo do produto. Apesar disso, aproximadamente 23,4% dos homens e 20% das mulheres brasileiras são fumantes. Destes, 30% estão em idade reprodutiva.
Embora fumar não seja uma causa direta de infertilidade, o cigarro diminui a qualidade dos gametas (óvulos e espermatozoides)
Vale saber que o hábito de fumar, pela mulher, dificulta a produção de estrógeno (hormônio sexual feminino); diminui a reserva ovariana, reduzindo o número de folículos (estrutura que contém os óvulos); interfere no desenvolvimento dos óvulos; favorece a formação de óvulos com alterações genéticas; antecipa a menopausa; e retarda a concepção (encontro dos gametas).
Nos homens, afeta a produção de espermatozoides; produz espermatozoides com morfologia (forma) anormal; aumenta a quantidade de espermatozoides imóveis na ejaculação; e produz espermatozoides com menor potencial de fertilização.
2) Reduza ou elimine o consumo de álcool
Cerca de 50% a 90% da população mundial já tiveram algum contato com o álcool. A grande maioria é composta por pessoas que não têm dependência e bebem socialmente.
Se este é seu caso, e você quer engravidar, saiba que tomar uma garrafa de vinho ou cinco doses de outra bebida por semana pode reduzir as chances de gestação, além de diminuir o desejo sexual (libido) em ambos os sexos. Como esses resultados dependem do tipo, quantidade e frequência da bebida ingerida, o ideal é evitar a ingestão de álcool.
Isso porque o hábito de beber, para a mulher, resulta em um inadequado funcionamento dos ovários, com consequente irregularidade do ciclo menstrual (incluindo ausência de ovulação e menstruação); aumenta o risco de aborto espontâneo; e antecipa a menstruação.
No homem, induz a um funcionamento inadequado dos testículos; reduz os níveis de testosterona (hormônio sexual masculino); e altera a qualidade e função dos espermatozoides.
3) Amenize o estresse
Na vida moderna, reduzir o nível de estresse não é tarefa fácil. A mulher acumula várias funções, como esposa e dona de casa, além de trabalhar fora e dividir com o companheiro a função de provedor. Sofre ainda fatores externos estressantes, como ruído excessivo e poluição. Isso também pode ser nocivo para a fertilidade.
Se deparar com um diagnóstico positivo de infertilidade pode ser outro fator estressante e deve ser controlado. As consequências são várias. Distúrbios do sono, por exemplo, decorrentes do estresse, alteram o ritmo biológico da pessoa, prejudicando a produção de hormônios envolvidos na reprodução e na fertilidade.
Não há dúvida que o estresse contribui para a existência de problemas com a fertilidade. Para reduzi-lo, é preciso aprender a identificar as situações que provocam tensão, planejar melhor suas atividades para evitar acúmulo de tarefas, diminuir o nível de exigência consigo e com os outros, ter momentos de lazer e descanso.
Na mulher, o estresse causa distúrbios hormonais importantes, interferindo no processo de desenvolvimento dos óvulos; acarreta disfunção nos ciclos menstruais; e induz à ausência de ovulação;
No homem, leva à disfunção erétil (impotência); causa problemas na ejaculação; aumenta o número de células inflamatórias, que interferem na qualidade do espermatozoide; compromete a produção dos espermatozoides, com alterações na concentração, morfologia e motilidade; causa ansiedade; e diminui o desejo sexual (libido).
4) Cultive bons hábitos
Para manter boa saúde e peso controlado, exercício físico e dieta adequada são fatores importantes. Além disso, esses hábitos são benéficos no combate ao estresse, possibilitando uma boa forma física e mental. Isso tudo aumenta a taxa de fertilidade.
Mas o ideal é que seja feito com acompanhamento médico, para que não haja exagero. Saiba que atividade física intensa e dietas exageradas levam à infertilidade, assim como o sedentarismo e a alta ingestão calórica.
A subfertilidade, quando a chance de engravidar existe, mas é mais baixa quando comparada à população normal (20% ao mês) pode ser tratada com uma dieta controlada, contendo elementos como zinco e ácido fólico, por exemplo.
Fonte: Agility Comunicação – Fertility Medical Group