Sempre Materna

Tiramos algumas dúvidas a respeito do nascimento do bebê

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Depois das novidades da gravidez como os desconfortos, os ultra-sons, as emoções , é comum, que a preocupação seja com o parto. Foi pensando em deixar as mamães mais calmas que a Enfermeira Obstetra Cinthia Calsinski  respondeu às principais dúvidas das grávidas a respeito do nascimento do bebê.

Veja dez informações essenciais sobre a hora do parto:

1- Quais os tipos de parto que existem?

 

Parto normal ou vaginal: a saída do bebê é pela vagina, pode-se realizar intervenções para acelerar todo o processo de nascimento, em geral há analgesia e administração de medicações para acelerar as contrações.

Parto natural:  ocorre sem intervenções dos profissionais, tudo ocorre espontaneamente e sem medicações.

Fórceps ou vácuo extrator: são partos considerados instrumentais, onde a saída do bebê ocorre pela vagina, com auxilio de aparelhos.

Cirurgia cesariana: operação para retirada do bebê em casos em que o parto vaginal é contra indicado.

 

2-Quais os locais onde um bebê pode nascer?

Os partos podem ocorrer em hospitais, casas de parto e domicílios.

 

3-Posições assumidas pelas mulheres tem influência no tempo do trabalho de parto?

Cinthia afirma que sim! Principalmente em relação ao tempo de trabalho de parto. Quando se assume uma posição favorável, ou seja, onde a gravidade atua positivamente sobre o bebê, os partos tendem a ser consideravelmente mais rápidos. Por isso, quanto mais em pé, caminhar, sentar e assumir posições eretas melhor.

 

4-E aquele empurrãozinho que geralmente o anestesista da para o parto terminar mais rápido ajuda?

Segundo a enfermeira obstetra a manobra de Klisteler não ajuda e é contra-indicada. Considerada uma violência obstétrica, pois pode causar danos a mãe e ao bebê, além de facilitar a laceração perineal.

 

5-E a episotomia? Deve ser feito? É indicado?

“A episiotomia também é considerada uma violência obstétrica e as evidências cientificas desaconselham o seu uso de rotina. Por ser uma região úmida, a cicatrização local é dificultada, o risco de infecção é grande devido a presença de urina e fezes perto da incisão cirúrgica, há o risco da deiscência ou seja, abertura dos pontos, algumas mulheres relatam desconforto e dor na relação sexual após o parto devido a episiotomia.” Explica Cinthia Calsinski.

 

6- Quais os benefícios do parto normal quando comparado a cesárea?

Considera-se menor risco de infecção, menor sangramento, melhor recuperação, menor risco de complicações pulmonares para o bebê. Esses são os principais benefícios.

 

7- O que é o parto induzido? Porque se indica esse tipo de parto?

O parto induzido é caracterizado por interrupção da gestação – antes de se realizar uma cirurgia se pode induzir o parto artificialmente com medicamentos. Em geral se inicia com um comprimido vaginal que ajuda o colo do útero a ficar mais molinho e um soro para iniciar as contrações uterinas.

 

8-Quais os riscos da cesariana?

A cesariana como qualquer cirurgia apresenta riscos inerentes ao procedimento, a anestesia e o pós operatório. Riscos de sangramento, infecção, dificuldades de cicatrização, dores, dentre outros.

 

9- A anestesia pode atrapalhar o trabalho de parto? Porque?

Algumas vezes sim, pois o ritmo do trabalho de parto pode se alterar, nas vezes em que a mulher perde o movimento das pernas por exemplo, ela não é mais capaz de ajudar na expulsão do bebê o que aumenta o tempo de trabalho de parto.

 

10- E o termo recepção humanizada do recém nascido o que quer dizer?

Antigamente se dava tapinha no bumbum para o beber chorar, hoje preconiza-se o menor desconforto possível para o bebê que acabou de nascer.

O corte do cordão umbilical já é sabido que não deve ser imediato pois permite adaptação da respiração mais lenta e gradual, sabe-se da importância de amamentar na primeira hora de vida o que faz com que dificuldades de amamentação sejam menos incidentes, assim como a importância do contato pele a pele entre mãe e bebê favorecendo a colonização por bactérias do bem, a contra indicação da aspiração de boca e nariz dos bebês que nascem e respiram sem dificuldades nos primeiros minutos.

 

 

Fonte: Cinthia Calsinski, Enfermeira Obstetra