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Cura a longo prazo

cura a longo prazo

Guardar sem precisar usar é a intenção da criopreservação das células-tronco do cordão umbilical do seu filho. Através de decisão tomada pelo casal, ainda na gravidez, a cura de mais de 70 doenças relacionadas ao sistema auto-imune, ao longo da vida do bebê, está garantida.

Com tecnologia e segurança, atualmente é possível preservar as células-tronco presentes no sangue do cordão umbilical, que antes eram desprezadas junto à placenta. Conhecidas também como “puras”, por não terem sido expostas a vírus ou outros elementos que possam danificá-las, essas células são fáceis de serem colhidas. Retiradas durante o parto, não causam nenhum transtorno a mãe nem ao bebê, e também não interferem nos procedimentos obstétricos.

Feita a punção do sangue do cordão, logo após o nascimento, para que seja efetivamente armazenado, no máximo em 48 horas o material passa por uma série de exames que garantem estar livre de doenças passíveis de transmissão, como Sífilis, HIV, Hepatite B e C entre outras.

De acordo com pesquisas, as células-tronco estarão disponíveis para uso por aproximadamente duas décadas. Entretanto, há casos que obtiveram sucesso com células criopreservadas por mais de 21 anos. Em bancos privados, o benefício pode ser recebido não só pelo próprio bebê, como também por consangüíneos (pais, avós e irmãos), pois são grandes as chances de compatibilidade.

Mesmo com forte torcida para que não haja necessidade de utilização das células-tronco congeladas, se o casal tiver mais de um filho é indicado que faça o procedimento para todos, pois cada indivíduo possui suas características genéticas. Porém, para gêmeos univitelinos a coleta é única.

Para garantir a eficácia nesse investimento, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão que regulamenta os bancos de sangue, proíbe que seja realizada a coleta quando a gestação for inferior a 31 semanas, pois até esse período a quantidade de sangue pode não ser suficiente para o procedimento.

Iniciado na França, em 1988, a primeira cura com este tipo de célula-tronco foi feita entre irmãos, eliminando a Anemia de Falciforme. Pesquisas e estudos sobre essa terapia celular indicam que muitos benefícios ainda serão desvendados.