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Rotina acelerada aumenta casos de endometriose

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É fato que o ritmo, cada vez mais veloz, do dia a dia compromete a qualidade de vida de todos. Inúmeros problemas já foram comprovados como, o estresse, perda de memória e depressão. Com as mulheres as consequências dessa rotina parecem ser ainda mais graves graças às doenças exclusivas.

O ginecologista e obstetra, Aléssio Calil Mathais, aponta o novo estilo de vida como grande responsável pelo aumento de casos da endometriose. “Hoje, a tendência mundial é que a mulher se case e engravide mais tarde e tenha menos filhos. Em consequência destes comportamentos, ela fica mais exposta aos ciclos menstruais, o que a torna mais suscetível a doenças”, explica o especialista.

Mesmo antes de ser totalmente desvendada pela medicina, a patologia relacionada ao ciclo menstrual e ao sistema imunológico atinge 10% das mulheres em idade fértil. Acima dos 35 anos é encontrada com mais frequência. Mas, pelo menos, 20% não sabem que estão doentes, já que os sintomas não são tão aparentes.

A doença é caracterizada pelo implante de células endometriais fora do útero. “O nome vem da palavra endométrio, camada que reveste o interior do útero e eliminada durante a menstruação. O problema começa quando, por algum motivo, o endométrio se encontra fora do útero,” diz Mathias.

O problema só pode ser diagnosticado com a ajuda das pacientes. Dores durante a relação sexual, cólicas menstruais que não melhoram com medicação e aumentam com o passar do tempo, são alguns sinais. As análises ginecológicas não podem ficar fora dessa investigação. “O exame do abdome pode revelar se há aumento abdominal ou dores localizadas. O do colo do útero pode detectar a doença no colo e/ou na parede vaginal. O toque ginecológico avalia possíveis aumentos nos ovários, dores atrás do útero e eventuais nódulos”, detalha o médico.

O tratamento da endometriose pode ser clínico ou cirúrgico, depende da intenção da paciente. Se a mulher deseja engravidar o método terapêutico indicado é mais brando, normalmente com  anticoncepcionais. Para quem quiser se livrar de vez da dor, os remédios que paralisam as funções do ovário são a solução.