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Pediatra alerta sobre o principal motivo que leva o olho do bebê a lacrimejar

A pediatra Renata Scatena alerta sobre a obstrução das vias lacrimais em bebês

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Essa é uma pergunta bem frequente nos consultórios de pediatria e deixam os pais muito ansiosos pela possibilidade de ser conjuntivite!

 

A causa mais comum de lacrimejamento dos recém-nascidos é a obstrução das vias lacrimais. O canal lacrimal comunica a superfície ocular com o nariz e é por esse canal que a maior parte da lágrima é drenada. É por esse motivo que quando choramos o nosso nariz escorre.

 

Aproximadamente 70% dos recém-nascidos apresentam essa obstrução, porém apenas 2 a 20% apresentam lacrimejamento, já que a obstrução geralmente a obstrução resolve-se espontaneamente. A causa mais frequente consiste em uma imperfuração de uma membrana na região da válvula de Hasner.

 

 

 

Como posso suspeitar que o meu bebê tem obstrução das vias lacrimais?

O quadro clássico de obstrução congênita de vias lacrimais é lacrimejamento ocular de um ou ambos os olhos, as vezes com secreção com aspecto de muco. É importante ressaltar que nas crianças com o canal lacrimal obstruído (“entupido”), geralmente os olhos estão saudáveis, sem sinais de inflamação ou infecção. Os olhos podem amanhecer “colados”, também pode apresentar uma irritação com vermelhidão na pálpebra inferior.

 

O que devo fazer quando suspeitar?

É muito importante que o bebê seja avaliado durante consulta médica pelo pediatra que irá orientar o tratamento e indicar avaliação do especialista – o  oftalmopediatra caso haja necessidade.

 

Qual é o tratamento?

Felizmente, 90% das crianças com lacrimejamento devido à obstrução congênita do canal lacrimal apresentam cura espontânea nos primeiros meses de vida. O seguimento consiste em:

 

  • Orientação aos pais,
  •  Higiene dos olhos com algodão embebido em soro fisiológico 0,9%,
  • Massagem de Crigler (que deverá ser orientada pelo profissional que acompanha o caso do bebê)

 

Os procedimentos cirúrgicos são reservados para os casos que não têm resolução, geralmente após o primeiro aninho de vida do bebê.

 

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que toda criança passe por avaliação com o oftalmopediatra ANUALMENTE, a partir dos 12 meses de vida, para detecção e tratamento precoce das dos problemas relacionados à visão.