Casais que não conseguem engravidar, sendo que a mulher tenha até 35 anos e mantenha relações sexuais sem método contraceptivo por 1 ano, devem procurar auxílio médico. O mesmo vale para casais onde a mulher já tenha mais de 35 anos e tenha tentado engravidar por 6 meses.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, cerca de 8 milhões de brasileiros querem ter um filho e não conseguem. Dentre as causas, pode-se atribuir cerca de 30% como infertilidade feminina, 30% masculina, e 40% de causas mistas.
Na mulher, as principais causas para a infertilidade são endometriose, alterações da ovulação e problemas relacionados a obstrução ou má formação das trompas, do útero, entre outras. Nos homens, as causas mais comuns são oligospermia (quantidade baixa de espermatozoides), astenospermia (alteração da motilidade), teratospermia (alteração na forma dos espermatozoides), varicocele, traumas testicular e infecções, além de comportamentos como tabagismo, consumo de drogas, medicamentos e obesidade também podem interferir.
De acordo com Dr. Geraldo Caldeira é essencial que após 1 ano de tentativas de engravidar sem sucesso, o casal procure um especialista para diagnosticar as possíveis causas e, se for o indicado, começar algum tratamento.
“Um caso simples pode ser resolvido com a inseminação artificial, por exemplo, que facilita o percurso do espermatozoide até o óvulo. Os espermatozoides são capacitados e injetados diretamente nas trompas no período ovulatório. Em casos mais complexos, pode ser realizada a fertilização in vitro, onde a fecundação ocorrerá em laboratório para posterior implantação do embrião”, explica o médico.
Além dessas possibilidades, outros métodos podem ser considerados para que o casal consiga realizar o sonho de ter um bebê. O diagnóstico da causa da infertilidade, apesar de ser trabalhoso, é muito importante na escolha do procedimento a ser adotado para resolver o problema. Os seguintes exames são obrigatórios: espermograma; ultrassom pélvico transvaginal; histerossalpingografia; perfil hormonal basal (2* ao 5* dia do ciclo) como FSH, LH, Estradiol, Prolactina, Progesterona, TSH e T4 Livre; avaliação da reserva ovariana: FSH basal, contagem de folículos antrais e hormônio antimulleriano.
Fonte:
Dr. Geraldo Caldeira é médico ginecologista-obstetra e possui especialização em Ultrassonografia e Reprodução Humana. Atua no Serviço de Reprodução Humana do Hospital e Maternidade Santa Joana e é membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH). Atuando na área de Reprodução Humana há mais de 25 anos, tendo realizado mais de 3 mil FIVs (Fertilização in vitro) e 10 mil partos.