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Dicas sobre como ter uma boa água para consumo

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Médico explica sobre os processos de tratamento e cuidados a se ter

 

A qualidade da água que sai da sua torneira e do seu filtro pode não ser a mesma… E não significa que a do filtro será necessariamente melhor, diferente do que geralmente se pensa. Quem explica isso é Jean Carlo Gorinchteyn, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

No processo de tratamento realizado habitualmente, a água de torneira é proveniente de rios e represas e passa por diversas etapas de tratamento, nas Estações de Tratamento de Água, até se tornar potável para uso. Lá, adiciona-se cloro à água, para facilitar a remoção de matéria orgânica e cal ou soda, para ajustar o pH para as etapas seguintes. Em seguida, é adicionado o sulfato de alumínio, um coagulante que vai fazer as partículas suspensas se aglomerarem.

 

A água ainda passa por vários filtros para reter os flocos de sujeira, adiciona-se cloro para eliminar microrganismos e conservar a água e flúor para colaborar com a diminuição da incidência de cárie dentária. Por fim, ela é distribuída e armazenada em caixas d’água nos domicílios. Apesar de ser considerada segura para uso, o estado dos canos e das caixas de armazenamento pode resultar em contaminação.

 

“A limpeza de caixas d´água deveria ser realizada a cada seis meses. Além disso, deve-se checar se estão bem fechadas, pois caso estejam abertas ou mal vedadas, deve-se realizar a limpeza em períodos menores. Senão, a qualidade da água para consumo passa a ser prejudicada e a caixa de armazenamento pode se tornar um contaminante”, relata Gorinchteyn.

 

Para melhorar a qualidade da água para consumo, há muitas pessoas que usam o filtro como alternativa. “O uso de filtro pode retirar alguns tipos de substâncias da água. Mas, dependendo do tipo de filtro, nem sempre consegue garantir a eliminação de todas elas e nem mesmo de todos os tipos de microrganismos” complementa. Também é importante estar atento à informação “Com eficiência bacteriológica” – que garante que a água seja isenta de bactérias – e à classificação para retenção de partículas, que varia de A a F, e se refere ao tamanho das partículas que o filtro não deixa passar.

 

Ainda assim, o médico infectologista alerta que “mesmo a classificação A dos filtros, que significa que filtram as menores partículas, podem deixar algum resíduo passar. Há alguns tipos de vírus menores do que esse tipo de filtro consegue reter, como o da hepatite A, por exemplo”.

 

Como alternativa, a água mineral pode ser uma possibilidade, pois é proveniente de aquíferos, ou seja, de canais de água subterrâneos, onde ela passa por uma filtração natural, que pode levar anos para ir da superfície até onde é coletada. Esse processo natural inclui a filtração por diversas camadas, o que gera tanta qualidade que a água mineral não precisa passar por nenhum processo de tratamento e é envazada direto da fonte para a garrafa. Só precisa ser de uma fonte confiável, é claro!

Fonte: Dr. Jean Carlo Gorinchteyn