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Parques de São Paulo realizam ações para o público em campanha nacional pelo turismo

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“Um Dia no Parque” convida a população para atividades, como trilha, voluntariado, plantio de mudas nativas e muito mais

A Coalizão Pró-UC – coletivo de organizações da sociedade civil do qual a Fundação SOS Mata Atlântica faz parte – realiza no próximo dia 21 de julho (domingo) a segunda edição da campanha “Um dia no Parque”. Seu objetivo é incentivar os brasileiros a conhecerem melhor as áreas protegidas do país, criando uma cultura de visitação e turismo nas Unidades de Conservação (UCs), mais conhecidas como parques. Além de oferecer atividades, como caminhadas, observação de aves e passeios de barco, alguns parques não cobrarão entrada do público neste dia.

Mais de 200 parques participam da ação. Entre eles, diversas áreas protegidas da capital paulista e Região Metropolitana, como Mata de Santa Genebra – Campinas, Parque Estadual Alberto Loefgren – Horto Florestal, Parque Estadual Cantareira, Parque Estadual Jaraguá, Parque Estadual Serra do Mar, Parque Giardino di Giácomo – Diadema e Parque Tenente Siqueira Campos – Trianon. Além destes, diversas áreas do litoral e interior também estão entre as participantes. Entre as atividades realizadas estão voluntariado, trilha, concursos de pintura, observação de aves, entre outras ações.

Os detalhes de cada atividade nos parques no dia 21, horários e detalhes da programação, bem como possíveis contatos com os organizadores, podem ser obtidos no site www.umdianoparque.net/.

Entrada gratuita em parques é destaque de São Paulo

A Fundação Florestal ainda anunciou que oito parques gerenciados por ela receberão o público com gratuidade. São os Parques Estaduais: Cantareira (SP), Carlos Botelho (São Miguel Arcanjo), Caverna do Diabo (Eldorado), Ilha Anchieta (Ubatuba), Intervales (Ribeirão Grande), Marinho da Laje de Santos (São Vicente), Turístico do Alto do Ribeira – PETAR (Iporanga), Serra do Mar nos seus Núcleos Caraguatatuba (Caraguatatuba), Picinguaba (Ubatuba) e Caminho do Mar (São Bernardo do Campo).

Nestes parques, o público poderá conhecer um pouco mais da beleza da Mata Atlântica paulista e seus diversos ecossistemas, como parques que protegem áreas de mananciais na Região Metropolitana de São Paulo, passando por refúgios da vida selvagem, cavernas, praias, trilhas e até mesmo a importância destas áreas protegidas para a história do Brasil.

“Todas essas ações mostram a riqueza de nossas áreas protegidas não apenas do ponto de vista ambiental, mas da quantidade de benefícios que elas prestam às pessoas, principalmente o lazer e bem-estar. As pessoas ainda pouco conhecem essas áreas, como os exemplos citados em São Paulo, por isso essa campanha é fundamental. Precisamos aproximar estas áreas ainda mais do dia-a-dia da população”, afirma Érika Guimarães, gerente de Áreas Protegidas da Fundação SOS Mata Atlântica.

O papel das UCs Municipais

Algumas Unidades de Conservação (UCs) Municipais também participarão de Um Dia no Parque. O estudo “ICMS Ecológico e as Unidades de Conservação Municipais da Mata Atlântica”, lançado recentemente pela Fundação SOS Mata Atlântica, comprovou como estas áreas desempenham papel fundamental para as cidades, não apenas do ponto de vista ambiental, mas também econômico.

Segundo a publicação, existem 1.031 UCs municipais na Mata Atlântica, que protegem cerca de 4,1 milhões de hectares (ha), em 466 municípios. Estas reservas representam cerca de 24% da área total protegida e 39,7% do número total de UCs oficialmente reconhecidas no bioma. Dos 3.429 municípios da Mata Atlântica, 217 (6,3%) possuem apenas UCs criadas na esfera municipal, públicas e privadas, para a proteção da biodiversidade em seu território.

Os dados ainda revelaram que 58,4% das áreas protegidas municipais são as mais próximas de aproximadamente 65 milhões de brasileiros, de um total de 145 milhões habitantes que vivem na Mata Atlântica. O estudo ainda demonstra que, Parques Naturais Municipais (PNM) e Áreas de Proteção Ambiental Municipal (APAM) são as categorias mais adotadas pelos municípios, representando 79,7% do número e 97,3% da área total. As APAMs representam 44,1% do número e 95,4% da área protegida pelas UCs municipais na Mata Atlântica.

Por outro lado, o estudo afirma que a falta de capacidade institucional e a implementação de mecanismos financeiros e de cooperação técnica entre os órgãos ambientais e com os demais setores governamentais, são os principais gargalos nesta área. Apenas 25,8% (266) das UCs municipais da Mata Atlântica registradas nesse estudo estão inseridas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC). E somente 35% das UCs municipais possuem algum tipo de informação nos websites das prefeituras e/ou estão registradas no CNUC, evidenciando o desafio de sistematizar informações a respeito delas.

“É preciso mostrar como as áreas protegidas contribuem para gerar receitas para municípios que, além da área ambiental também são investidos em outras áreas também estratégicas, como educação e saúde, garantindo a melhoria da qualidade de vida da população. Isso pode acontecer com o ICMS Ecológico que, em alguns casos, o recurso recebido por este mecanismo pode ser maior que a execução orçamentária anual para o meio ambiente na cidade”, afirma Luiz Paulo Pinto, biólogo responsável pelo estudo, que é mestre em ecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica
A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG ambiental brasileira. Atua na promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica por meio do monitoramento do bioma, produção de estudos, projetos demonstrativos, diálogo com setores públicos e privados, aprimoramento da legislação ambiental, comunicação e engajamento da sociedade em prol da recuperação da floresta, da valorização dos parques e reservas, de água limpa e da proteção do mar. Os projetos e campanhas da ONG dependem da ajuda de pessoas e empresas para continuar a existir. Saiba como você pode ajudar em www.sosma.org.br.

Informações à imprensa

Fundação SOS Mata Atlântica – Luiz Soares