Você pensa na Inteligência Emocional do seu filho? Veja como desenvolvê-la na prática!
A melhor forma de contribuir para que as crianças sejam capazes de construir a própria felicidade é ensiná-las a lidar com as suas emoções. Segundo especialistas em educação e desenvolvimento humano, esse é um exercício diário, mas que tem grande impacto quando as crianças se tornam adultos.
Para Heloísa Capelas, diretora do Centro Hoffman no Brasil e especialista em Inteligência Emocional, pais não devem ensinar aos seus filhos que é errado expressar emoções como choro, raiva ou até risadas incontroláveis. Segundo ela, quem não é capaz de expressar dor ou raiva, também não é capaz de expressar amor.
“A infância é um momento de formação, inclusive do sistema neurológico. Broncas como ‘engole o choro’ só trazem dificuldades às crianças para lidar com as suas emoções, se relacionar e construir a própria felicidade”, diz Capelas, que dá palestras e aplica treinamentos sobre inteligência emocional e autoconhecimento para diversos públicos.
A seguir, Heloísa Capelas dá 5 dicas práticas de como ensinar seus filhos a lidar com as próprias emoções:
1- Apoie as emoções do seu filho, mas mostre limites
Autorize seu filho a expressar suas emoções, a falar tudo o que pensa e reivindicar o que quer, mas o poder é sempre do pai e da mãe. Ele pode chorar e pode sentir raiva, mas da maneira adequada. Diga, por exemplo: “Entendo que você está muito bravo porque a mamãe disse não. Acho que você tem razão, mas aqui não pode gritar. Quando formos para casa, você pode chorar na sua cama”. Quanto mais certeza do seu posicionamento, mais a criança entenderá que a família é um sistema hierárquico.
2- A cada ‘não’, inclua três ‘sim’
Toda criança precisa de 50% de amor e 50% de frustração. Por exemplo: “na casa da vovó, você não pode fazer bagunça, mas você pode assistir à televisão, brincar com seus brinquedos e tomar lanchinho”. Os pais precisam aprender a dizer não, porque isso é importante para o desenvolvimento.
3- Não sobrecarregue a rotina do seu filho
Ao programar uma rotina exaustiva ou exagerar nas cobranças, os pais acabam passando crenças que podem ser perigosas na vida adulta, como a ideia de que nem todo o esforço do mundo bastará para que se sintam verdadeiramente amados e capazes. Exagerar nessa medida pode fazer com que eles acreditem que devem almejar a perfeição. E a perfeição, tanto para pais, como para filhos, é inalcançável.
4- Converse e mantenha o canal de diálogo aberto
A criança que não é estimulada a exercer sua comunicação pode ter dificuldade em se relacionar e se posicionar no mundo. A comunicação envolve não só o desenvolvimento cognitivo e intelectual – de pensamentos e leitura dos contextos e acontecimentos –, mas também o desenvolvimento emocional. Ao estimular o diálogo e escuta, damos direito a ele de se explicar, legitimando suas emoções e vontades. Abrir esse espaço não significa que a criança passa a ser dona da verdade ou que tenha poder.
5– Trabalhe a sua própria Inteligência Emocional
O melhor jeito de ajudar seus filhos a desenvolverem Inteligência Emocional é a partir dos pais, porque as crianças são como espelhos. Portanto, se os próprios pais usarem a inteligência emocional não precisarão seguir nenhuma ‘cartilha’, vai bastar para que as crianças façam o mesmo. Pais que constroem a própria felicidade são aqueles que dão o melhor exemplo aos seus filhos.
Fonte:
Heloísa Capelas é CEO do Centro Hoffman no Brasil, que aplica curso de autoconhecimento de metodologia própria criada em 1967 na Califórnia. É expert em Autoconhecimento e Inteligência Comportamental, já treinou mais de 10 mil pessoas, entre elas executivos e líderes, e prestou consultoria a empresas em busca de proporcionar bem-estar no ambiente de trabalho. Também é palestrante, Coach, Master Practitioner em PNL, Consteladora Sistêmica, autora dos livros “O Mapa da Felicidade” e “Perdão, A Revolução que Falta”, além de coautora de mais sete livros sobre Gestão de Pessoas, Liderança e Coach.