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Baby Blues e Depressão Pós-Parto: Qual a diferença?

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Ginecologista e obstetra Patrícia Gonçalves fala sobre as alterações de humor que podem afetar a mulher após o parto

O nascimento de um filho é um momento de profunda felicidade. Entretanto, de acordo com a American Pregnancy Association, entre 70% a 80% das mães experimentam algum tipo de sentimento negativo ou mudança de humor após o parto, no chamado baby blues. “Essas alterações de humor são causadas pelas oscilações hormonais decorrentes do término da gravidez e costumam sumir espontaneamente 10 a 15 dias depois do parto”, comenta a ginecologista e obstetra da Clínica Pró Saúde RGPG Patrícia Gonçalves, mestre em Obstetrícia e Ginecologia pela USP e professora assistente em Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e do Centro Universitário São Camilo.

A especialista ressalta que se esses sentimentos de tristeza e melancolia se apresentam de forma mais intensa e duradoura – chegando a impossibilitar a realização das tarefas diárias, incluindo a amamentação e cuidados com o filho – pode ser que a mulher esteja em um quadro de depressão pós-parto. “O transtorno também tem como causa principal o desequilíbrio hormonal após o nascimento do bebê, mas costuma ser mais comum em mulheres que já possuem histórico de depressão”, comenta Patrícia Gonçalves.

Momentos muito estressantes durante a gravidez (como perda de emprego) ou no pós-parto (o bebê ter nascido com problema de saúde, por exemplo) também podem favorecer o surgimento da depressão pós-parto. Além disso, a privação de sono, alimentação inadequada e falta de apoio do parceiro também podem intensificar o problema. “O diagnóstico médico e o tratamento medicamentoso são fundamentais para reverter o quadro, bem como o apoio familiar. E isso tanto para as mulheres que passam pelo baby blues, quanto para aquelas que enfrentam a depressão pós-parto”, finaliza a obstetra.

 

Sobre a Dra. Patrícia Gonçalves

Médica obstetra e ginecologista da Clínica Pró Saúde RGPG, mestre em Obstetrícia e Ginecologia pela USP e professora assistente em Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e do Centro Universitário São Camilo.