Até agora, gestantes não tiveram problemas graves, mas devem reforçar cuidados contra o COVID-19
Ainda não há relato sobre o potencial do Novo Coronavírus em causar malformação fetal, nem a transmissão vertical da mãe para o bebê. Mas gestantes precisam reforçar os cuidados
Gestantes
São Paulo – 30/01/2020 – Problema recente e que levou o mundo a uma pandemia, o Novo Coronavírus ainda não afetou gravemente as gestantes e, até então, não foi observado risco de transmissão para o feto. “Por esse motivo, elas não fazem parte do grupo de risco. Mas as gestantes devem reforçar os cuidados, pois ainda é muito cedo para determinar esses efeitos na gravidez”. Até o momento não há relato sobre o potencial do Novo Coronavírus em causar malformação fetal. Mas, essa pergunta só será respondida com segurança após algum tempo.
Até o momento, há dois trabalhos publicados sobre aspectos obstétricos e perinatais do Novo Coronavírus, ou COVID-19. “O primeira informa sobre a evolução materna e perinatal de pacientes infectadas pelo SARS-CoV-2 e foi uma avaliação retrospectiva de nove mulheres que tiveram suas gestações resolvidas em Wuhan-China. Notou-se que as manifestações clínicas nestas gestantes não foram graves e o prognóstico materno foi considerado bom. Todas as pacientes não apresentavam outras doenças previamente à gravidez, mas referiam história clara de exposição a pessoas com a infecção. A idade variou de 27 a 40 anos e a idade gestacional variou de 36 a 38 semanas”, afirma a médica. As pacientes sofreram com febre e pneumonia, mas com relação à gestação, não houve nenhuma morte fetal, morte neonatal ou asfixia neonatal, além de que não foi detectado nenhum caso de transmissão vertical do vírus, da mãe para o filho.
Medidas de prevenção
As gestantes e os familiares devem tomar as mesmas medidas de precaução amplamente divulgadas na mídia para redução do contágio da doença. “Então, é necessário evitar contato próximo com pessoas apresentando infecções respiratórias agudas; lavar frequentemente as mãos (pelo menos 20 segundos), especialmente após contato direto com pessoas, superfícies e antes de se alimentar; se não tiver água e sabão, usar álcool em gel 70%, caso as mãos não tenham sujeira visível; evitar colocar a mão no rosto; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; usar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes limpos (com detergente, água sanitária e álcool de limpeza) e bem ventilados.
No caso do atendimento de gestante classificada como “caso suspeito”, essa paciente deverá utilizar máscara de proteção e o profissional deverá utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) que inclui máscara, luvas, óculos e avental. “Dentro das orientações dos planos de contenção da infecção nos hospitais estes casos deverão ser hospitalizados até a definição diagnóstica. Gestantes com suspeita ou confirmação de infecção pelo COVID-19 devem ser tratadas com terapias de suporte, de acordo com o grau de comprometimento sistêmico.
FONTE: Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira