No Brasil, uma pesquisa realizada em São Paulo, mostrou que 20% das mulheres apresentaram episódios depressivos pelo menos uma vez ao longo da vida, enquanto para os homens o índice cai para 12%. Entende-se que a mulher, tem muito mais condições de enfrentar as situações emocionais e superar as dificuldades devido a uma maior capacidade afetiva.
Essa capacidade pode, muitas vezes, estar ligada em função da maternidade, quando as mulheres desenvolvem uma comunicação com seus filhos, principalmente nos primeiros anos de vida, onde ainda não existe a comunicação verbal ou gestual. Ou seja, isso desenvolve na mulher um sentido especial, o famoso “sexto sentido”, mas que na realidade é apenas um aprimoramento de sensibilidade emocional
Segundo a psicóloga e especialista em avaliação psicológica, Ana Cordovil, os sintomas da depressão estão ligados à tristeza em relação à vida pessoal e profissional. Nas mulheres esses sintomas podem aumentar, pois passam por alterações hormonais com uma maior frequência do que os homens. A menopausa, gravidez e o período menstrual, são fases principais em que a mulher pode passar por grandes alterações emocionais, e, por esse motivo, é importante o acompanhamento médico de outras especialidades além do ginecologista, no diagnóstico da depressão feminina.
O movimento Setembro Amarelo, é o mês mundial de prevenção do suicídio. Já está acontecendo e desmistificando o assunto, que ainda não é abordado por muitos. Ainda que a prevalência da depressão seja maior nas mulheres se comparado ao público masculino, o suicídio é muito mais comum entre os homens em todo o mundo. Os números apenas provam a necessidade de médicos e pacientes debaterem mais sobre o tema, buscando sempre soluções efetivas para priorizar a saúde e a vida.
Fonte: Laboratório Femme / Foto: Divulgação