O puerpério é recheado de surpresas e desafios para a nova mamãe. Nesta fase, as dificuldades no meio do caminho podem trazer cansaço, estresse e nervosismo. Por isso, todo apoio é fundamental, afinal esses sentimentos podem influenciar na produção de leite.
De acordo com o pediatra Moises Chencinski, estudos têm mostrado que o apoio do parceiro é um dos fatores mais importantes na decisão da mulher iniciar ou continuar o processo de amamentação. “A decisão conjunta de dar ao filho a melhor nutrição possível é um projeto que une o casal e que terá impacto decisivo e imediato na vida do bebê”, afirma o especialista.
Informar-se a respeito dos benefícios do leite materno pode ser o primeiro passo para o papai. Ao compreender como o alimento é produzido e a importância dele fica mais fácil ajudar na hora do nervosismo. Conhecer as técnicas de como posicionar o bebê para a “pega” adequada, também é essencial.
Ainda no hospital, casais companheiros revezam-se nas tarefas. Já em casa, o papel do parceiro assume nova importância. Enquanto a mãe se concentra em recuperar-se e estabelecer sua rotina de amamentação, o pai pode manter a casa funcionando de forma eficiente e oferecendo conforto. Ainda mais agora com a licença paternidade estendida, a amamentação deve ser um ato construído e um processo em equipe, responsabilidade de toda família.
Quando a família estiver mais acostumada com a rotina pós-parto, o papai ganha o espaço da diversão com o pequeno. “Interações com o RN são excelentes oportunidades para que se crie relação individual. Quando menos se espera, percebe-se grande parceria e afetividade naturalmente”, conclui Moises.