Trazer uma vida ao mundo não é uma tarefa fácil, requer atenção, amor redobrado, privações e entre outros cuidados. As mulheres por muitos anos foram privadas de direitos, pois acreditavam que seu único papel na sociedade era cuidar das tarefas domésticas e cuidar dos filhos, algo que mudou com o decorrer do tempo e com a conquista delas ao trabalho, a votar, a estudar.
Essas ações foram fazendo com que as mulheres fossem deixando o desejo de serem mães de lado, priorizando suas carreiras e reacendendo o instinto materno um pouco mais tarde, dos 35 anos em diante.
Porém, o que muitas mulheres não sabem é que a partir dos 35 anos a reserva ovariana diminui, o que começa a dificultar a gravidez de formas naturais.
“É importante esclarecer que as mulheres já nascem com um número de óvulos predeterminado e o seu organismo não é capaz de produzir mais. Sendo assim, com o avanço da idade, os óvulos envelhecem e, neste processo, a quantidade e a qualidade disponíveis para serem fertilizados também diminuem”, explica o especialista em reprodução humana, Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva em São Paulo.
O especialista conta que uma das opções mais indicadas para quem deseja ter filhos após os 35 anos é a técnica do congelamento de óvulos, técnica que vem crescendo no país e ao redor do mundo, conquistando famosos e anônimos.
“O congelamento de óvulos, que também pode ser chamado de criopreservação, é a técnica de preservação dos óvulos em nitrogênio líquido, por meio de vitrificação. Nesse sentido, o congelamento de óvulos é um tratamento para postergar a possibilidade de ter filhos e pode ser feito a partir dos 30 anos de idade”, afirma o especialista.
Para quem é indicado?
O procedimento é indicado até os 35 anos para mulheres que querem postergar a maternidade, possuem histórico de menopausa precoce ou que estão passando por tratamentos oncológicos.
Aumento de adeptos na pandemia
Nos últimos 2 anos, de 2020 a 2021, os procedimentos de reprodução humana saltaram no país, principalmente o de congelamento de óvulos, já que muitas mulheres não queriam mais ficar à mercê de seus relógios biológicos. Na Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, clínica com unidades no Rio Grande do Sul e em São Paulo, houve um crescimento de 72% no procedimento de congelamento de óvulos durante o ano de 2021 em relação ao ano de 2020.
“Principalmente com a pandemia, a sociedade está priorizando e repensando sobre alguns planos. E as mulheres têm a ciência ao seu favor com o congelamento de óvulos, já que proporciona mais autonomia para suas escolhas. Esse aumento nos procedimentos realizados só prova ainda mais isso”, finaliza Frantz.
Famosas e o congelamento de óvulos
Muitas famosas também optaram por essa solução para postergar a maternidade e manter vivo o desejo de se tornarem mães.
A humorista Dani Calabresa, atualmente com 40 anos, revelou que congelou os óvulos aos 38 anos durante a pandemia. A jornalista e apresentadora Fernanda Gentil, com 35 anos, também optou pelo congelamento para futuramente ampliar a família.
A atriz Paolla Oliveira também faz parte da grande lista de famosas que já congelaram óvulos. Atualmente com 37 anos, aos 35 em uma consulta de rotina descobriu que por causa do estresse seu corpo estava “envelhecendo”, o que a motivou a congelar os óvulos.
Taxa de sucesso
“A probabilidade de ocorrer a gravidez dos óvulos congelados atualmente são as mesmas que os óvulos frescos. No entanto, é importante dizer que a taxa de sucesso de uma gestação relaciona-se diretamente à idade da mulher no momento em que se congelar seus óvulos”, explica Nilo Frantz.
Dessa forma, a probabilidade de uma mulher engravidar depois de congelar seus óvulos com 38 anos é diferente da probabilidade de quem congelou com 35, por exemplo.
Para isso, é de extrema importância que a mulher faça uma avaliação médica e um acompanhamento com uma clínica especializada no assunto para que o processo possa trazer resultados positivos.Sobre a Fonte: Nilo Frantz Medicina Reprodutiva
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