Já é sabido que a gestação é caracterizada por um período de intensas transformações e emoções.
Sentimentos de medo, insegurança, impotência e perda do controle acompanham a gestante, já que ela vive um período desconhecido, carregado de fantasias, expectativas, desejos e projetos e quase nunca sabe explicar o que está acontecendo com ela e com o bebê.
Uma das formas possíveis de se controlar a angústia e a ansiedade causadas pelo desconhecido é à busca de informações. Hoje em dia temos inúmeras maneiras de encontrar as informações que desejamos, mas é no contato com o médico que se encontra o conforto real. É ele quem conhece a mãe, é ele quem irá acompanhar cada passo da gestação, é ele quem tem o poder da informação e do conhecimento.
Daí a importância do momento da escolha do médico ser feita com calma, sem pressa.
É fundamental que a gestante procure alguém que ela confie e que busque informações sobre este profissional. Deve observar se sente-se acolhida na relação com ele, sem desconfortos ou incertezas.
Infelizmente, muitos médicos não entendem qual a sua real importância na vida dos pacientes. Muitos se deixam contaminar pela vaidade e acabam esquecendo que muitas daquelas dúvidas que parecem simples estão tirando o sono da futura mamãe e poderiam ser sanadas com um simples momento de atenção ou uma palavra esclarecedora.
A figura do médico é fundamental para amenizar os sintomas psíquicos causados pela dúvida e insegurança, pois é ele o responsável pela manutenção do bem-estar da paciente durante toda a gestação e parto, orientando e desmistificando as fantasias tão comuns nessa situação.
É fundamental que o médico consiga dar uma atenção diferenciada para cada paciente, considerando as singularidades, construindo uma relação de ajuda diante das angústias e carências afetivas, compreendendo e respeitando as dificuldades de cada fase da gravidez.
O médico, obviamente, deve manter-se calcado na ética e na prática terapêutica, mas uma dose de relação humana é fundamental.
A humanização é hoje em dia a base da relação médico-paciente que deve ser preenchida com empatia, confiança e respeito mútuo promovendo um encontro verdadeiro, gerando tranqüilidade e acolhimento.
Fonte: Sempre Materna
Imagem: Banco de Imagem – SM – Shutterstock