Segundo psicólogos não há nenhum exagero em afirmar que vivemos a “Era do Resgate da Vovó”. Dados estatísticos comprovam que elas são as pessoas mais indicadas para ficar com o bebê em tempo integral ou apenas por algumas horas.
Apesar dessa nova missão, do filho ao neto há uma distância cronológica razoável, tempo suficiente para muitas mudanças, tanto no tratamento, manipulação e forma de cuidar do novo e tão amado ser, quanto na indústria materno-infantil que (ainda bem!) diariamente apresenta ao mercado consumidor um verdadeiro arsenal de produtos e serviços que são úteis e indispensáveis para a família moderna que tem um recém-nascido em casa.
Por outro lado, ao receber a notícia de que um bebê está a caminho, as vovós têm a oportunidade de vivenciar e compartilhar a maternidade. Mas, é preciso preparar-se para que o auxílio seja benéfico e sirva para tornar harmoniosa a relação entre pais e avós. Caso contrário, conflitos, discórdias e competições estarão interferindo no bem estar de todos.
“Reconhecer que é preciso reciclar e ampliar seus conhecimentos é o primeiro grande passo da vovó de primeira viagem”, comenta a psicóloga Alessandra Pereira, especialista em atendimento familiar e orientadora do curso Clube da Vovó, do projeto Sempre Materna, que complementa: “A vovó deste século é moderna, jovem de idade e espírito e tem, na grande maioria das vezes, tempo livre e disposição para curtir e participar da chegada do neto”. Além disso, seus conhecimentos e histórias de vida contribuem nessa nova fase que a família encontra-se. Juntos, pais e vovós preparam-se para receber o novo membro de forma saudável, favorecendo o desenvolvimento físico e emocional do bebê.
De acordo com a psicóloga, entender as mudanças físicas e emocionais da gestante é fundamental para o início de qualquer vínculo saudável. Assim como, a vovó e toda a família devem estar informadas sobre alguns temas que norteiam a gravidez, como a depressão pós-parto, por exemplo, que pode acontecer com qualquer nova mamãe.
Não menos importante é a vovó aprender as novas regras de higiene, alimentação e estimulação. “É comum ouvirmos as pessoas dizerem que os bebês de hoje são bem mais espertos. Não é em vão, ficam soltos, são estimulados, participam e têm o apoio da modernidade que contribui muito na formação de cada um dos sentidos. Tudo isso é progresso científico, mudanças realizadas após anos de estudos”, finaliza Alessandra.