Sempre Materna

Leite Materno Pode Reduzir Chance de Câncer em Mãe e Bebê

amam

Amamentação diminui em até 19% o risco de leucemia infantil

e previne  o câncer de mama

 

O leite materno garante, não apenas a saúde do bebê, mas também a da mãe. Além de criar intimidade e construir elos entre os dois, a amamentação possui, ainda, todos os nutrientes de que a criança precisa para se desenvolver bem nos primeiros seis meses de vida. Protege contra infecções e reduz o risco de desenvolver doenças mais graves, como é o caso da leucemia, com estimativa de 11.370 novos casos por ano, segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) – 2014.

A leucemia linfoide aguda é o tipo mais comum em crianças. “É uma doença maligna dos leucócitos (glóbulos brancos), caracterizada pela proliferação anormal destas células na medula óssea, ocasionando produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais. Mas podem ocorrer casos de leucemia mielóide aguda, que acomete tanto adultos (80%), como crianças (15-20%)”, explica o oncologista e diretor da Oncomed BH, dr. Amândio Soares. De acordo com dados da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), a taxa de sobrevida em cinco anos para a leucemia linfóide aguda (LLA), em crianças, tem aumentado ao longo do tempo, chegando a 80% dos casos. Já a mielóide aguda (LMA) aumentou para 50% a 70% dos casos.

O diagnóstico é feito a partir de quadro clínico suspeito caracterizado por fadiga, cansaço, palpitações, sangramentos, febre associada à alteração do hemograma que evidencia anemia, plaquetopenia, neutropenia e presença de blastos circulantes, quando leucemia aguda. E pode ser confirmado com a coleta da medula óssea para estudo citomorfológico, imunofenotípico e citogenético.

 

Benefício para as mães

Já nas mães, a amamentação pode ajudar a prevenir o câncer de mama, que tem estimativas de 57.120 casos por ano, segundo dados do INCA (2014). Dr. Amândio explica que esse tipo de câncer é o mais comum entre as mulheres e representa 22% dos casos novos de câncer a cada ano. Relativamente raro antes dos 35 anos, sua incidência aumenta gradativamente com o envelhecimento, pois a cada ciclo menstrual a mulher fica exposta aos hormônios, e assim tem mais chances de desenvolver a doença. “Durante a amamentação, a mulher tem seu ciclo suprimido, devido a isso, quanto maior o tempo de amamentação, menos a chance de desenvolver o câncer, pois ela não sofre as ações dos hormônios”, explica o oncologista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a cada ano de amamentação completa, o risco de a mulher desenvolver o câncer diminui de 3 a 4%. Mesmo assim, a prevenção ainda é o melhor meio de evitar qualquer tipo de câncer. “Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos e não ingerir bebidas alcoólicas são recomendações importantes na prevenção primária dessa doença”, alerta dr. Amândio.

O INCA ainda chama atenção para a importância do diagnóstico, pois apenas 1,8% dos casos são diagnosticados em mulheres entre 20 a 34 anos, e 10% em mulheres entre 35 a 44 anos. O autoexame também é uma forma de prevenção, porém não elimina a necessidade da consulta de rotina com o médico, reforça o oncologista.

 

*Autoexame, como fazer?

De acordo com as orientações do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC), o autoexame deve ser realizado uma vez a cada mês, na semana seguinte ao término da menstruação. Existem duas formas de fazer o autoexame, são elas:

 

*No Chuveiro ou Deitada:

Coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.

 

*Diante do Espelho:

1-    Levante os braços, colocando as mãos na cabeça. Observe se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico.

2-    Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a. Observe se há qualquer alteração.

3-    Finalmente, esprema o mamilo delicadamente e observe se sai qualquer secreção. A observação de alterações cutâneas ou no bico do seio, de nódulos ou espessamentos, e de secreções mamárias, não significa necessariamente a existência de câncer.

 

*O que procurar?

• Caroços (nódulos).

• Abaulamentos ou retrações da pele e do complexo aréolo-mamilar (bico do seio).

• Secreções mamilares existentes.

 

*Informações retiradas do site do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC)

Fonte: Oncomed