A gestação é o período de mais sensibilidade da mulher, principalmente pelos medos e a ansiedade em relação ao bem-estar do bebê. Para amenizar essa tensão e proporcionar grandes emoções só ouvindo os batimentos cardíacos do pequeno.
Quando a hora do bebê nascer está próxima – a partir do sétimo mês de gravidez, algumas perguntas podem ser respondidas com o exame de cardiotocografia. O procedimento foi criado na década de 70 e é mundialmente aceito para investigar a freqüência cardíaca fetal (FCF), registrar continuamente os movimentos do bebê, as contrações uterinas – quando presentes e, com esses elementos, conferir a oxigenação do feto, principalmente, nos casos de gravidez de risco.
Segundo Corintio Mariani Neto, doutor em obstetrícia e ginecologia e diretor do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, a importância desse exame está na vigilância do bem-estar do bebê e pode ser realizado tanto na gravidez (anteparto) quanto durante o parto (intraparto). Além disso, é considerado, pelos médicos, excelente ferramenta para prevenir o sofrimento fetal, analisar as condições de vida do bebê, tranqüilizar a mamãe e tomar as providências necessárias.
De acordo com o especialista, o procedimento é rápido, indolor e não passa de 30 minutos para a realização completa, no período anteparto. “É um procedimento simples, sem riscos para a mãe e o bebê. Todas as grávidas com recomendação médica podem realizá-lo. Porém, em situações de risco fetal, como gestantes com hipertensão arterial, diabetes, anemia, doenças da tireóide, cardiopatia, entre outros problemas que resultam em queda de oferta de oxigênio da mãe para o bebê, através da placenta, é extremamente importante executá-lo”, diz o médico.
Como toda gestante é curiosa, vale destacar que a cardiotocografia é feita pelo abdome, onde são instalados dois transdutores (aparelhos de sensibilidade para captar sons e mudanças na pressão abdominal) que passam as informações para um aparelho eletrônico chamado cardiotocógrafo. Esse registra os dados a serem impressos ou digitalizados que são analisados, somente, por especialistas. Durante o trabalho de parto o registro pode ser contínuo ou intermitente, dependendo da necessidade.
Dr. Corintio explica que por meio desse exame é possível detectar irregularidades nos batimentos cardíacos fetais que, normalmente, variam entre 110 e 160 por minuto e verificar se estão fora do padrão. É importante lembrar que a gestação é um período de grandes mudanças físicas e emocionais no corpo da mulher que, portanto, precisa ser adaptada a novos hábitos e acompanhada por bons profissionais para ter uma gravidez tranqüila e cheia de saúde. Por isso, faça rigorosamente os exames necessários do pré-natal e garanta o sucesso do parto e o bem-estar do seu bebê.