Não há motivo algum para ser contra a presença de animais domésticos em ambientes com crianças. Eles podem, sim, conviver harmoniosamente, mas desde que guardadas as devidas proporções.
O Pediatra Paulo Pachi, explica que, geralmente, ter um animal de estimação deixa as pessoas mais dóceis e obedientes. “Há vários relatos de que o convívio com os animais torna a criança mais tranquila, autoconfiante e mais consciente da necessidade de respeitar”, explica.
Mas, surge a dúvida: qual a idade mais adequada para ter um bichinho? Dr Paulo responde: “Animais de estimação inofensivos, como peixes e aves, podem conviver até mesmo com recém-nascidos, mas cães, gatos, e outros mais ativos e independentes, são indicados para crianças a partir de quatro anos.” Importante se lembrar que é preciso cuidados especiais e vigilância constante tanto no bichinho como no pequeno, por conta da ingenuidade de ambos.
Após esta idade, quando a criança aprende a se defender e compreende que deve poupar os animais, como de puxar suas orelhinhas ou rabo, não há problema algum na convivência.
Ciúmes
De acordo com o especialista, o bebê que nasce antes da aquisição do animalzinho acostuma-se com o tratamento que presencia. Mas, quando chega depois, quem sente mesmo é o bichinho de estimação. “O bichinho reinava sozinho, mas com a chegada do novo membro, a atenção para ele diminui. Com isso, ele pode manifestar algum descontentamento”, explica o médico.
Contágios
Outro assunto preocupante refere-se às doenças que podem ser transmitidas por esses amiguinhos. Pachi justifica que é difícil afirmar que certas parasitoses de pele, como a sarna, por exemplo, possam ser adquiridas de animais. “Os diagnósticos mais comuns em crianças são de verminoses, mas sabemos que elas também podem sofrer de asma, rinite e conjuntivite alérgica desencadeadas pelo contato com o pelo ou pena do animal”, ressalta.
Por isso, os pais devem tomar alguns cuidados para prevenir doenças e evitar problemas futuros. “É aconselhável levar os animais domésticos periodicamente ao veterinário para que sejam examinados e medicados com as devidas vacinas e vermífugos”, lembra o pediatra.
Paralelamente, os pais devem tomar algumas precauções, como:
– estimular a criança a lavar sempre as mãos após manipular o animal;
– manter os pertences sempre lavados e higienizados com desinfetantes;
– recolher rapidamente as fezes e urina dos animais e descartá-las de forma que a criança não tenha contato, evitando assim, contaminação em objetos, alimentos e até mesmo no ambiente;
– evitar compartilhar alimentos ou cama com os animais;