Especialistas dão dicas para deixar a criança mais à vontade no dispositivo de retenção do automóvel, que além de obrigatório reduz o risco de morte em acidentes em até 70%
A família está preparada para a viagem de fim de ano e a criança é só alegria. Até o momento de entrar no carro e uma verdadeira guerra entre pais e filho começar: ela não quer ir na cadeirinha e coloca-la no dispositivo é quase impossível.
Essa cena é mais comum do que se imagina e muitas vezes faz com que os adultos abram mão do produto na hora de sair de carro. Amanda Teixeira, coordenadora de produtos da Tutti Baby, empresa especializada em dispositivos de retenção, explica que essa não deve ser uma opção. “Hoje existem no mercado diversas opções de dispositivos, que são confortáveis e garantem segurança no momento do transporte das crianças. Além disso, o uso do produto é obrigatório para os pequenos de até 36 kg”, diz.
Segundo a profissional, quando desenvolvido de acordo com as normas de segurança, a peça reduz em até 70% a morte de crianças em caso de acidentes. “Os pais devem levar em conta o peso e altura da criança para garantir que ela está usando o modelo certo de cadeirinha. Outro cuidado fundamental é verificar o manual de instruções para que o dispositivo seja instalado da maneira correta”, ressalta Amanda.
A psicóloga infantil Maria Eduarda Vasselai explica que normalmente os problemas relacionados à cadeirinha começam por volta dos dois anos de idade, quando a criança passa a ter vontades próprias, mas ainda não compreende que o uso da cadeirinha é importante.
“O ideal é habituar a criança à cadeirinha desde bem cedo. Assim, ela aprenderá que aquele é o lugar dela e não reclamará. O processo de familiarização com a cadeirinha pode começar dentro de casa. Os pais podem fazer a interação com a cadeirinha, a partir de brincadeiras, relacionando o equipamento a momentos divertidos”, aconselha.
Uso deve ser constante
A coordenadora da Tutti Baby também ressalta que mesmo que o trajeto seja curto, os pais devem assumir a autoridade na hora de manter a regra para o uso em qualquer situação. “Não importa a ocasião, é preciso mostrar para a criança que o carro só vai andar se ela estiver acomodada e que essa atitude é para a segurança dela”, esclarece.
Manter a calma e usar a criatividade é fundamental
Segundo Maria Eduarda, as viagens longas exigem paciência dos pais. “Qualquer criança vai ficar incomodada se for mantida dentro de um carro por horas a fio. Nesses casos, faça paradas frequentes, para que ela saia do carro e se distraia um pouco. Durante o trajeto, entretenimento pode ser garantido com músicas e brinquedos que não tragam riscos em caso de freadas bruscas. Coloque um DVD de que a criança goste e até mesmo cante junto com ela”, orienta.
Em caso de choro, ofereça algo para beber ou um brinquedo, mas sempre mantendo a criança na cadeirinha. “Se ela é acostumada a ir no dispositivo dificilmente vai reclamar. Se isso acontecer pode ser devido a outros problemas que não a cadeirinha, como fome, sono, irritação ou doença. Dirigir ouvindo o bebê chorar é um desafio, mas por mais difícil que isso lhe pareça, a sua segurança e a do bebê são o mais importante”, conclui a psicóloga infantil.
Fonte: Tutti Baby