O café surgiu na África, passou pelos persas, chegou até os árabes, e estes, o comercializaram pelo mundo por volta do século XV. No Brasil, apareceu em 1927, trazido por colonizadores franceses e desde então, tornou-se paixão nacional.
As gestantes não fogem à regra e também querem beber um cafezinho. Mas será que é benéfico ingerir café nesta fase da vida?
Na realidade o problema em questão não é o café e, sim, a cafeína, que está presente também em outros alimentos e bebidas como refrigerantes à base de cola, chás e chocolate. Estudos realizados para constatar os malefícios da cafeína ingerida durante a gravidez sugerem que pode haver alteração nos batimentos cardíacos do bebê, porém, até hoje, nada comprovaram.
No entanto, aconselha-se que a gestante consuma no máximo de 200mg a 300mg por dia, o que equivale a cerca de duas ou três xícaras de café coado. “Não é necessário proibir a futura mamãe de beber café, basta que modere. Este é um hábito mundial”, diz Eddy Nishimura, ginecologista obstetra do Hospital Santa Cruz.
Nishimura ainda explica: “Mulheres que possuíam problemas gástricos antes da gravidez, são mais propensas a ter desconfortos como refluxo gastroesofágico, o que causa azias. Além disso, o consumo de produtos que contenham cafeína em excesso pode causar insônia, irritabilidade e taquicardia”.
O ginecologista nos conta, também, que durante a gestação o sistema digestivo fica mais lento e por isso, a cafeína fica de sete a dez horas em circulação no organismo.
Mas também há benefícios no consumo desta substância, pois quando absorvido pelo sistema nervoso, age como estimulante, e assim, traz mais disposição às futuras mamães. Além disso, é ótimo antioxidante, pois previne a formação de radicais livres no organismo.
A cafeína também funciona com diurético natural, neste caso, pode ser benéfico ou não, dependendo da fase da gestação, uma vez que as idas ao banheiro ficam mais frequentes.
Então já sabe, o café está liberado, mas com moderação. Em caso de dúvida, consulte seu médico.