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Casos de dengue podem ser confundidos com gripe

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Confusão no diagnóstico acontece porque os vírus cocirculam e as doenças apresentam sintomas semelhantes

 

São cada vez mais comuns emergências de hospitais lotadas com casos de suspeita de dengue, no Brasil. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, as três primeiras semanas de 2016 já contabilizaram 73.872 notificações da doença – 48% a mais que o mesmo período do ano passado. E diante desse número alarmante, a dificuldade que surge para os médicos plantonistas e outros profissionais de saúde encarregados de atender as pessoas nos hospitais e postos de saúde é fazer o diagnóstico corretamente. Pois, por conta dos sintomas semelhantes, o paciente com suspeita de dengue pode estar com chikungunya, zika e, por incrível que pareça, gripe.

 

Um estudo[i] conduzido em El Salvador, publicado na revista científica PLOS, mostrou que de 121 pacientes hospitalizados com suspeita de dengue, 28% eram positivos para dengue e 19% positivos para influenza, o vírus causador da gripe. Além disso, entre os 35 com suspeita de dengue que apresentavam sintomas respiratórios, 14% eram positivos para dengue e 39% positivos para influenza.

 

De acordo com os pesquisadores, em regiões tropicais, como a América Central, onde está El Salvador, os surtos de gripe e dengue podem coincidir. Então, com as semelhanças de apresentação clínica dos pacientes infectados com a gripe ou com dengue faz com que o diagnóstico diferencial seja muito mais difícil. “Quando as doenças cocirculam, o diagnóstico pode ser confundido não apenas entre zika, chikungunya e dengue, mas também com outras infecções como influenza”, explica Lucia Bricks, diretora médica de Influenza na América Latina da Sanofi Pasteur.

 

Lucia destaca ainda que, por aqui, é possível que esse mesmo problema ocorra. O Brasil é um país de dimensões continentais, onde a influenza começa a circular nos primeiros meses do ano nas regiões Norte e Nordeste, chegando mais tarde, em meados de março e abril, ao Centro-Oeste, Sudeste e Sul. “Embora a influenza seja uma doença com alta sazonalidade no Sul e Sudeste, ela pode ocorrer durante todo o ano e, em alguns casos, as pessoas infectadas não apresentam as manifestações da síndrome gripal. A dengue e outras infecções também podem manifestar-se apenas com febre. Por isso, é fundamental termos mais testes disponíveis para fazer diagnóstico diferencial”, ressalta.

 

Prevenção é a melhor alternativa

Além dos testes diferenciais, buscar maneiras de se precaver contra ambas as doenças pode ser o melhor caminho e já existem vacinas que previnem tanto a gripe, como a dengue. A vacinação é uma boa alternativa para doenças de alta incidência como a gripe e a dengue. No Brasil, a vacina da gripe está inclusive, disponível no SUS, pelo Programa Nacional de Imunizações. Já a vacina da dengue, que contribuirá de forma significativa para o avanço da ciência e saúde pública mundiais foi aprovada recentemente no País.

 

Entenda mais sobre cada doença

Gripe

Transmissão à a gripe é uma doença respiratória viral aguda transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão também ocorre através do contato das mãos ou objetos contaminados por secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Sintomas à febre alta, tosse, congestão nasal, fadiga, dor de garganta, de cabeça e musculares são provocadas pelo vírus Influenza.

Tratamento à a gripe é uma doença imunoprevenível. Na rede pública, a vacina tradicional com duas cepas do vírus influenza A e uma B é fornecida gratuitamente nas unidades básicas de saúde para os grupos de risco, durante as campanhas de vacinação. Já nas clínicas de vacinação particulares, desde 2015, já contamos com vacinas quadrivalentes, contendo duas cepas do vírus influenza A e duas cepas do vírus B, capazes de oferecer espectro de proteção mais amplo. A vacina quadrivalente da Sanofi Pasteur é a única indicada para crianças, a partir de seis meses de idade, além de poder ser aplicada em adolescentes, adultos e idosos.

Prevenção à A gripe é uma doença imunoprevenível. Na rede pública, a vacina tradicional com duas cepas do vírus influenza A e uma B é fornecida gratuitamente nas unidades básicas de saúde para os grupos de risco, durante as campanhas de vacinação. Já nas clínicas de vacinação particulares, desde 2015, já contamos com vacinas quadrivalentes, contendo duas cepas do vírus influenza A e duas cepas do vírus B, capazes de oferecer mais amplo espectro de proteção. A vacina quadrivalente da Sanofi Pasteur é a única indicada para crianças, a partir de seis meses de idade, além de poder ser aplicada em adolescentes, adultos e idosos.

 

Dengue

Transmissão à  O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

Sintomas à  Febre alta com duração de 2 a 7 dias, náusea, dor no corpo e dor de cabeça, vômito, diarreia, sangramentos, erupção e coceira na pele.

Tratamento à  Não existem remédios contra dengue e sim para aliviar os sintomas. Recomenda-se que o paciente fique de repouso e tome bastante água.

Prevenção à Em 2015, a vacina contra dengue da Sanofi Pasteur foi a primeira aprovada no mundo. O Brasil foi terceiro país a conceder o registro à vacina, depois de criteriosa análise realizada pela Anvisa. Outros países na América Latina (México e El Salvador) e na Ásia (Filipinas) também já aprovaram a vacina.

 

Chikungunya

Transmissão à A chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Sintomas à Febre alta repentina, dor no corpo e dor de cabeça, diarreia e manchas avermelhadas na pele. Destacam-se as fortes dores nas articulações.

Tratamento à Para a chikungunya também não há. Assim como a dengue, é importante que seja feito repouso e consumo alto de líquidos.

 

Zika

Transmissão à A doença também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, além do Aedes albopictus e outros Aedes.

Sintomas à Febre baixa; dor no corpo e dor de cabeça; diarreia; conjuntivite; acúmulo de líquido nas articulações, levando ao inchaço da região e erupção na pele.

Tratamento à Essa é mais uma semelhança entre as três viroses, não há tratamento específico para a zika e sim remédios para aliviar os sintomas. Também é recomendado o consumo de água e repouso.

 

Fonte: Ketchum – Sanofi Pasteur