A diretora pedagógica da área de Línguas Estrangeiras do Grupo Weducation, Maria do Carmo Negrini Fagundes, explica que se tratando de bebês o conceito aprendizagem é muito precoce, por isso fala-se em estímulo. “A compreensão e atenção que se tem como resposta à estimulação podem ser observadas através das trocas sonoras, olhares, mudanças de expressão facial, entre outros sinais evidenciados”.
A aquisição de vocabulário deve ser considerada de acordo com a faixa etária da criança e com o ambiente que a rodeia. No caso de bebês não há crescimento lexical. Até cerca de três anos, a estimulação através de língua estrangeira, leva ao desenvolvimento de flexibilidade mental, o que permite que a criança seja capaz de se expressar sem grandes falhas. Além disso, ao longo do processo de aquisição da linguagem os pequenos se habituam a aceitar nomeações diferentes para o mesmo objeto que esteja em seu contexto diário.
Maria do Carmo diz que os níveis de absorção de linguagem são divididos da seguinte forma:
9 a 12 meses +/- 10 palavras 1ª palavra
14 a 15 meses +/- 50 palavras +/- 10 palavras
17 a 19 meses +/- 100 palavras +/- 50 palavras
(Menyuk, P. (1988). Language Development: Knowledge and Use. Glenview, IL: Scott, Foresman and Co.)
É importante ressaltar que a participação dos pais é fundamental em qualquer tipo de estimulação dos filhos. Canções e expressões ditas com frequência são eficientes, desde que seja algo natural e próximo à realidade em que o pequeno vive. Ter paciência também é fundamental.
“O estudo de um idioma estrangeiro, em seu caráter formal, requer maior prontidão da criança, ainda em processo de aquisição da língua materna. O ideal é que continue o processo de forma gradual e conforme sua fase de desenvolvimento fisiológico e emocional”, finaliza Negrini.