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A Importância da relação médico-paciente

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É fato que a gestação é caracterizada por um período de intensas transformações e emoções. Sentimentos de medo, insegurança, impotência e perda do controle acompanham a gestante, já que ela vive um período desconhecido, carregado de fantasias, expectativas, desejos e projetos e quase nunca sabe explicar o que está acontecendo com ela e com o bebê.

 

Uma das formas possíveis de se controlar a angústia e a ansiedade causadas pelo desconhecido é à busca de informações, que é considerada pela psicologia como um recurso de enfrentamento bastante saudável. Hoje, há inúmeras maneiras de encontrar as informações desejadas, mas é no contato com o médico que se encontra o conforto real. É ele que conhece a mãe, é ele que irá acompanhar cada passo da gestação, é ele que tem o poder da informação e do conhecimento.

 

“Infelizmente, existem médicos que não compreendem qual a sua real importância na vida dos pacientes e se deixam contaminar pela vaidade. Com isso, acabam esquecendo que muitas das “dúvidas bobas” das futuras mamães poderiam ser sanadas com um simples momento de atenção ou uma palavra esclarecedora”, comenta a psicóloga Alessandra Pereira.

 

Para a profissional, a figura do médico é fundamental para amenizar os sintomas psíquicos causados pela dúvida e insegurança, pois é ele o responsável pela manutenção do bem-estar da paciente durante toda a gestação e parto, orientando e desmistificando as fantasias tão comuns nessa situação.

 

“É fundamental que o médico consiga dar uma atenção diferenciada para cada paciente, considerando as singularidades, construindo uma relação de ajuda diante das angústias e carências afetivas, compreendendo e respeitando as dificuldades do momento psico-afetivo vivido pela paciente e seus familiares”, diz a psicóloga.

 

De acordo com Alessandra, a humanização é hoje a base da relação médico-paciente que deve ser preenchida com empatia, confiança, respeito mútuo e bi-direcionamento afetivo, norteando a prática e gerando tranqüilidade e acolhimento.

 Fonte: Sempre Materna