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A importância do uso de meias compressivas no período gestacional

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É muito comum que as mulheres desenvolvam disfunções vasculares durante a gravidez. Após o parto, esse quadro pode apresentar reversibilidade total, ou então parcial, com consequências que se estendem ao longo da vida. Na primeira gestação, a incidência de complicações vasculares aumenta 24%, taxa que cresce de 50% a 76% a partir da segunda gravidez. Isso ocorre devido a alguns fatores de risco típicos dessa condição, como ganho de peso, alterações hormonais, aumento do volume do sangue no corpo e compressão exercida pelo útero sobre os vasos sanguíneos. Todos estes fatores prejudicam a circulação vascular, e causam a insuficiência do retorno venoso.

 

Entre os efeitos dessas disfunções, estão o cansaço nas pernas das gestantes, bem como inchaço, aparecimento de varizes e até mesmo ocorrência de trombose. A fim de se prevenir contra esses efeitos, é recomendável que todas as grávidas façam uso de meias elásticas compressivas, que auxiliam no retorno venoso dos membros inferiores. Esse cuidado é necessário desde os primeiros meses da gestação, pois dois terços das incidências de varizes acontecem logo no primeiro trimestre da gravidez.

 

É importante destacar que, em algumas situações, o uso de meias elásticas de compressão deixa de ser uma recomendação e passa a ser obrigatório. Isso ocorre nos casos em que há um histórico familiar de doenças vasculares ou quando a própria gestante possui complicações vasculares. Assim, para evitar que a paciente sofra com uma trombose venosa profunda, por exemplo, é essencial que ela utilize as meias de compressão continuamente.

 

Em todos os casos, a indicação é de que as gestantes usem o produto durante o dia todo e só retirem à noite, ao dormir. Após o parto, é necessário manter esse hábito, porque ainda há grande probabilidade de ocorrerem disfunções circulatórias até a sexta semana de puerpério.

 

Mas antes de escolher e adquirir o produto, é importante consultar um médico especialista. É ele quem, após avaliação da paciente e diagnóstico correto da Classificação de Doenças Venosas Crônicas (CEAP) em que ela se enquadra de acordo com os sinais e sintomas apresentados, poderá recomendar o nível correto de compressão e o tamanho ideal da meia para as medidas das pernas da gestante. Após essa indicação, a opção pela melhor meia deve passar por uma série de critérios que primam pelo bem-estar e conforto da grávida, como: questionar se o tipo de tecido da meia permite a transpiração da pele, para que os pés fiquem sempre secos e arejados; avaliar a elasticidade e comodidade do elástico de fixação próximo aos joelhos; verificar se há a presença de costuras nas pontas dos dedos, pois elas podem ser muito desconfortáveis ao calçar o sapato; e conferir se o produto possui garantia de compressão pela fábrica e de quanto tempo é essa garantia.

 

Atualmente, é possível encontrar produtos confeccionados com materiais de alta tecnologia, que garantem a compressão adequada para o paciente. Além disso, muitas dessas meias são modernas, elegantes e translúcidas, e podem ser usadas com saia e vestido sem comprometer a beleza de quem as veste. O conforto é outro diferencial desses produtos inovadores. Fabricados com tecido transpirável, eles conferem toque suave à pele, são confortáveis até mesmo no elástico de fixação próximo ao joelho – no caso dos modelos de meias 3/4 –, não apresentam costura nas pontas dos dedos, somente costura plana acima, e possuem reforço no calcanhar.

 

 

Fonte: Way Comunicações –  Elaine Alboledo Monteiro é Clinical Manager da BSN medical no Brasil