Em pessoas e crianças com condições normais de saúde, a infecção por VSR (Vírus Sincicial Respiratório) pode se apresentar apenas como um resfriado forte. Porém, entre os bebês prematuros, com cardiopatia congênita ou broncodisplasia pulmonar, pode ser fatal. Alguns pesquisadores estimam que a taxa de mortalidade, em decorrência deste vírus, é de cerca de 5%.
O VSR é de caráter sazonal e geralmente circula, no território brasileiro, entre março e setembro, coincidindo com as estações de outono e inverno, apesar de não estar relacionado às baixas temperaturas. O pico da circulação vai até o mês de agosto. “Como o vírus pode ser facilmente transmitido pelo contato com secreções, quando um caso surge numa unidade neonatal, o número de casos pode crescer rapidamente”, ressaltou Dr. Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Hoje, estima-se que cerca de 10,5% dos nascimentos no Brasil ocorrem antes do período considerado normal (a partir de 37 semanas) – porcentagem que cresce a cada ano. “Para os bebês prematuros, a infecção pelo VSR é um problema sério e de saúde pública. De todos os bebês infectados, 30% tem problemas por longo prazo, como crises de chiado repetidas e asma. Os problemas causados pelo vírus sincicial respiratório podem ser prevenidos e é importante que os médicos orientem as famílias sobre isso”, afirma Dr. Renato.
A imunização para bebês prematuros, ou com cardiopatia congênita, ou broncodisplasia pulmonar, está disponível pelo SUS, em todos os estados brasileiros e é recomendada nos meses de maior circulação do vírus.