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Aberta a temporada de alergias respiratórias no Brasil

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Inverno ainda não começou, mas as frentes frias já trazem baixas temperaturas e ar seco para a região

A nova estação ainda não chegou, mas os primeiros dias de maio já registraram temperaturas amenas em diversas regiões do país. O inverno, época detestada por quem sofre de alergia respiratória, só começa em 20 de junho, porém, segundo o site Clima Tempo, os próximos dias já terão cara da estação. Uma frente fria deverá chegar ao país no dia 15, e o frio – grande irritante respiratório – continuará a ser sentido a partir de 18 de maio. É, portanto, hora de tirar aqueles casacos guardados no armário desde o último inverno, provavelmente impregnados de ácaros e poeira – grandes inimigos dos alérgicos.

 

A proximidade do inverno é mesmo um pesadelo para quem já sofre de alergia o ano todo. Além das baixas temperaturas (que irritam a mucosa respiratória), o período normalmente apresenta baixa quantidade de chuvas e ventos, dificultando a dispersão de poluentes e tornando o ar mais seco e poluído. Segundo o coordenador técnico do projeto social Brasil Sem Alergia, o médico Marcello Bossois, a junção desses fatores facilita o desenvolvimento de inúmeros processos alérgicos. “Estima-se que as alergias respiratórias aumentem 40% durante a estação”, alerta o alergista.

 

A asma e a rinite são as alergias mais comuns nesta época. No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem de forma persistente com asma, enquanto a rinite afeta aproximadamente 26% das crianças e 30% dos adolescentes. A asma é a quarta maior causa de hospitalização, resultando em cerca de 400 mil internações por ano em todo o país (Datasus, 2001). Anualmente mais de 250 mil pessoas morrem em decorrência da doença ao redor do mundo, com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

E uma alergia pode se tornar algo bastante preocupante, já que a doença aumenta muito as chances de uma infecção secundária. De acordo com dr. Bossois, uma alergia de fundo respiratório mal cuidada pode provocar, por exemplo, uma grave bronquite crônica caso a inflamação da mucosa respiratória e o acúmulo de secreção nas vias respiratórias se mantenham por um longo período. “Aproximadamente 35% da população mundial apresentam alguma forma da doença, então é muito importante que todos estejam atentos aos primeiros sinais de uma alergia respiratória, que poderá se manifestar através de espirros constantes, tosses e falta de ar”, adverte o especialista.

 

Sete dicas para prevenir as alergias respiratórias:

 

– Forrar colchões e travesseiros com material impermeável;

– Umidificar as narinas constantemente com soro fisiológico;

– Beber bastante água;

– Evitar locais fechados e com pouca ventilação por longos períodos;

– Retirar de casa tudo que acumula mofo e poeira (bichos de pelúcia, jornais velhos e cortinas de pano);

– Usar produtos de limpeza biodegradáveis;

– Eliminar cigarro, principalmente dentro de casa.

 

Fonte: Igor Bahiense – Brasil Sem Alergia