Sempre Materna

Alternativa clínica para engravidar mais tarde

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Mulheres modernas recorrem ao congelamento de óvulos para realizar o sonho de ser mãe

Muitas mulheres desejam atingir todos os seus objetivos profissionais e pessoais antes de ter filhos, porém, o relógio biológico feminino pode ser um obstáculo uma vez que, após os 35 anos de idade, as chances de gestação diminuem e os riscos de malformações fetais, e até a ocorrência de abortos, aumentam. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, 30,8% das mulheres engravidaram entre 30 e 39 anos e a gravidez entre os 40 e 44 anos aumentou cerca de 20% na última década.

Esse crescimento também pode ser avaliado pelas alternativas clínicas encontradas hoje, como, por exemplo, o congelamento de óvulos antes dos 35 anos. De acordo com o ginecologista especialista em reprodução humana, Dr. Fábio Cabar, da Elo Clínica de Saúde, este método é extremamente útil não apenas para se programar na vida pessoal e profissional, mas também para as mulheres que precisam se submeter a algum tratamento médico.

“Quando a mulher projeta uma gravidez tardia ou possui uma doença ginecológica, como a endometriose ou precisa passar por algum procedimento médico, como a radioterapia e quimioterapia, também é indicado o congelamento dos óvulos para futuramente realizar o sonho de ser mãe. Esta chance é de cerca de 55 a 60% aos 30 anos e, a partir daí, cai ano após ano, chegando a 40 a 45% de chances aos 35 anos, 20 a 25% de chances aos 40 anos e apenas 5% de chances aos 45 anos. Tal fato ocorre porque toda mulher gasta de 100 a 1.000 óvulos todos os meses e destes, apenas um é aproveitado durante a ovulação, e os demais são desperdiçados. Assim, os óvulos que sobram vão ficando velhos e, portanto, menos saudáveis”, explica.

O processo é relativamente simples e feito em duas etapas. Na primeira, são aplicadas injeções de hormônios por cerca de 10 dias e realiza-se ultrassonografia a cada 2 dias. Os efeitos colaterais são discretos, como ligeira alteração de humor, e não estão presentes, obrigatoriamente, em todas as mulheres. Após esse período, ocorre a coleta dos óvulos para o congelamento e futura realização da fertilização in vitro.

“A taxa de sucesso é aquela esperada para a idade em que os óvulos foram congelados. Caso na primeira tentativa já funcione ou o plano da maternidade for definitivamente afastado, a mulher que congelou os óvulos pode descartar ou fazer uma doação anônima”, conclui Dr. Fábio.

Fonte:  Dr. Fábio Cabar: Médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana assistida e gestação de alto risco há mais de 10 anos, na Elo Clínica de Saúde, em São Paulo. Mestre e Doutor em Obstetrícia e Ginecologia pela Universidade de São Paulo (USP) e título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro titular da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (SOGESP), da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE). Site: http://www.eloclinicadesaude.com.br