Lactação induzida é opção para mães que não engravidaram e tiveram seus bebês com auxílio da reprodução assistida
É importante reforçar que é possível amamentar após uma gravidez solidária. Não restam dúvidas dos inúmeros benefícios do aleitamento materno nos primeiros meses de vida de um bebê. Segundo o especialista em reprodução assistida da Selmo Geber, esses benefícios são igualmente importantes para os bebês que são adotados ou que nasceram de uma barriga solidária. Ele explica que muitos casais que não conseguem ter filhos da forma tradicional, procuram ajuda da medicina reprodutiva para realizar o desejo de serem pais.
Segundo o especialista, nos casos em que o casal tem algum obstáculo que os impede de engravidar, uma mulher saudável, capaz de levar a gestação até o fim, é indicada pelo médico ou escolhida pelos futuros pais. Se o problema de fertilidade for por ausência de útero, o casal vai precisar de uma outra mulher para ser a “barriga solidária”. Nesse caso, realiza-se uma fertilizaçao in vitro com os óvulos da paciente, sêmen do pai. Após a fecundação, os embriões formados serão transferidos para o útero da outra mulher que será a barriga solidária.
O médico ressalta que, após o nascimento, para continuar os cuidados com a saúde do bebê, a mãe que não engravidou tem a possibilidade de amamentar por meio da técnica de relactação ou lactação induzida. “Os bebês devem ser estimulados a realizar as sucções na mama. A princípio, é usado leite artificial durante a técnica, até que a mulher passe a produzir seu próprio leite e o bebê faça as sucções sem precisar desse estímulo”, orienta.
Como é feito o procedimento
Uma ponta de uma sonda é fixada na região areolar da mãe e a outra extremidade da sonda fica dentro de um recipiente contendo o leite. O bebê é posicionado na mama, de forma que abocanhe a região areolar e a sonda. A sonda funcionará como um “canudinho”. À medida que o bebê sugar a mama, ele receberá o leite que está no recipiente. O bebê fará a sucção que estimulará a produção de leite pela mãe. Com o tempo, a produção de leite da mãe será suficiente para que o bebê consiga se alimentar e não precise mais da sonda para manter a sucção. Isso tudo ainda associado a medicamentos específicos para estimular a produção de leite podem funcionar em alguns casos.
Fonte: Clínica Origen – Selmo Geber, especialista em reprodução assistida da