Levantamento do Ministério da Saúde – feito em todas as capitais e Distrito Federal e em outros 239 municípios o que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças – mostra que o tempo médio do período de Aleitamento Materno (AM) no país aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008.
O estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses. Em 1999, era de 35%, passando para 52% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento, em média, de um mês na duração do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nas capitais e Distrito Federal. Em 1999, a duração do AME era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias – ou seja, mais que dobrou.
“A ideia é que esses dados forneçam subsídios para o planejamento e avaliação da Política Nacional de Aleitamento Materno em todas as esferas de gestão. Além disso, poderá orientar ações de grupos e organizações não-governamentais que atuam na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno”, explica Lilian Córdova do Espírito Santo, assessora para Assuntos Relacionados ao Aleitamento Materno, da Área Técnica de Saúde da Criança. Veja os principais resultados da pesquisa:
Aleitamento materno
Desde a implantação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, no início da década de 1980, os índices de aleitamento materno vêm aumentando gradativamente. Fortaleza foi a capital onde houve maior incremento percentual de crianças amamentadas no final do primeiro ano de vida. Os aumentos mais expressivos ocorreram nas regiões Norte e Nordeste e a menor modificação foi na região Sul.
Conclusão e desafios
A inserção da mulher no mercado de trabalho – não apenas no Brasil, mas em outros países – tem relação com a redução do tempo de amamentação. A pesquisa mostra essa tendência: a de que as mulheres que estavam em licença maternidade amamentavam mais que as outras. Assim, a ampliação para seis meses – uma das bandeiras da Sociedade Brasileira de Pediatria apoiada pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão – pode ser considerada como um grande avanço no sentido de incentivar a extensão do tempo da AME. A expectativa é que, daqui a alguns anos, se consiga perceber o efeito dessa medida.