24 de mai. de 2024

Equilíbrio nas papinhas

O leite materno deve ser exclusivo até o sexto mês de vida do bebê. A partir dele muitos pediatras começam a introduzir a papinha. Se o bebê não tem nenhum histórico de alergia alimentar os alimentos que irão compor as papinhas principais serão as frutas, legumes, verduras, cereais (arroz, macarrão), leguminosas, tubérculos e proteínas estão liberados.

As frutas devem ser variadas, cada dia uma para criança aprender a reconhecer os sabores. E lembrando que quanto mais variada melhor, pela oferta diversificada de vitaminas, minerais e fibras alimentares.

Outros itens como biscoitos, doces, mel, bolos, derivados de leite de vaca, devem ser evitados.

Entenda a diferença entre a papinha caseira e a industrializada?

A papinha industrializada pode conter alguns corantes e conservantes para mantê-la por algum tempo na prateleira.  Lembrando que o sal é um conservante e a maioria das papinhas comercializadas contém sal, no qual não é indicado antes do primeiro ano de vida.

As indústrias ainda colocam um ou mais tipo de engrossante em sua composição o que pode influenciar a uma obesidade futura pelo consumo excessivo.

A papinha caseira com certeza é mais indicada, se for confeccionada da maneira correta, seguindo também as normas de higiene e manipulação para evitar problemas de infecção ou intoxicação alimentar na criança.

Quais os benefícios da papinha caseira para a saúde do bebê?

Em primeiro lugar é muito mais prazeroso e gostoso comer uma comida caseira com produtos que você conhece e sabe o que está usando naquela preparação.   As industrializadas sempre passam por processos de congelamento, resfriamento, que pode ter perdas de nutrientes, fibras, vitaminas e minerais e por mais que a indústria alimentícia tenha recursos avançados e aparelhos inovadores, nada melhor do que uma comidinha fresquinha e caseira.

Quais grupos alimentares devem estar presentes na “papinha saudável”?

Todos os grupos alimentares devem estar presentes desde a primeira papinha: tubérculos (batata, mandioca), legumes (cenoura, abobrinha), cereais (macarrão, arroz), leguminosas (feijão,  lentilha), verduras (brócolis,  espinafre).

Proteína (ovo, frango, carne, peixe). Lembrando que aqui citei somente alguns exemplos, a papinha deve conter pelo menos 1 ingrediente de cada grupo alimentar, prezando sempre a harmonia do prato e o colorido.

Os nutrientes necessários na papinha para que o bebê não tenha nenhuma carência nutricional?

Todos os citados acima. Lembrando que as frutas também devem fazer parte do cardápio.  A criança que ainda recebe aleitamento materno ou fórmula infantil também pode e deve ser oferecido para completar a alimentação do bebê. A papinha deve ser amassada no garfo e oferecida aos poucos para o bebê. Nada de peneira ou liquidificador.

Como preparar a papinha corretamente?

Não existe uma receita. A mãe vai precisar de uma panela normal, temperos frescos e um de cada grupo alimentar. A dica é sempre deixar as leguminosas de molho para retirar o gás metano (responsável pela flatulência e cólicas no bebê). A mãe pode cozinhar tudo junto numa mesma panela e colocar água e ir acompanhando o cozimento ou pode cozinhar os alimentos no vapor.

Dica: Não use sal. No final da preparação coloque um fio de azeite que é uma gordura excelente principalmente nessa fase da vida.

Fonte: Mais Equilíbrio