17 de jul. de 2024

Papai na Sala de Parto

Nascimento com o papai

 

Durante o acompanhamento pré-natal as futuras mamães já idealizam o parto, mas o sonho ‘delas’ pode ser o pesadelo ‘deles’. Muitos homens têm medo, aflição ou, simplesmente, aversão a procedimentos cirúrgicos. E o que fazer nessa hora?

Segundo Patricia Bader, psicanalista e coordenadora de psicologia do Hospital e Maternidade São Luiz, o desejo de ambos prevalece nesse momento. “Se o papai e a mamãe querem que ele esteja presente na sala de parto, há regulamentações que garantem esse direito”.

A regra citada pela profissional é a Resolução sancionada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que autoriza o serviço de saúde a permitir a presença de acompanhante de livre escolha da mulher no acolhimento, trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

A escolha do acompanhante deve ser pensada e discutida pelo casal. Por mais que a mamãe queira seu companheiro junto, às vezes é melhor ele aguardar do lado de fora. As vovós também podem ser boa companhia nessa hora.

“Mais importante do que a presença na “hora H” é a participação durante o processo gestacional, acompanhando as consultas pré-natais, cursos para casais grávidos e escolha do enxoval. Esse companheirismo marca a mulher até mais do que a presença no nascimento” comenta Patrícia.

 

Depois do parto

A presença do papai no quarto, após o nascimento, é muito importante, assim como dos irmãozinhos. É lá que o novo integrante será incorporado à família e receberá os primeiros mimos de todos.

O novo papai tem direito também à licença paternidade. Pela Constituição Federal o homem pode ausentar-se do trabalho por cinco dias após o nascimento do filho, visando ajudar a mamãe, que não precisa ser, necessariamente, sua esposa.

“Acompanhar os primeiros dias do pequeno em casa é importante, pois é o momento de adaptação de todos à nova rotina, já que o casal não está acostumado ainda com o novo integrante”, finaliza Bader.