Sempre Materna

Carência de ferro é a principal causa de anemia nas crianças

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A anemia ocorre quando  a produção de glóbulos vermelhos diminui, deixando a concentração de hemoglobinas abaixo do normal. Esta importante proteína absorve e transporta oxigênio aos tecidos; sua baixa concentração compromete o bom funcionamento do organismo. O tipo de anemia que mais afeta as crianças é a ferropriva, de origem nutricional, decorrente da diminuição da ingestão de ferro dos alimentos.

O vice-presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), dr. Rubens Feferbaum, alerta que, além daquelas adquiridas, existem as hereditárias, de caráter genético, como  a talassemia e a falciforme, que em alguns grupos étnicos possuem uma relativa frequência. Neste caso, o diagnóstico ocorre por meio do Teste do Pezinho.

“É possível identificar a anemia que provém da carência de ferro por meio de  sinais como a  palidez e o rendimento escolar baixo. No entanto, a confirmação diagnóstica requer um hemograma, que indicará ao médico os verdadeiros indícios de sua gravidade”, explica.

Feferbaum afirma que a prevenção é simples, com uma dieta equilibrada e que contenha alimentos ricos em ferro. “O leite materno é uma importante fonte desse e de outros nutrientes para os bebês, especialmente até os seis meses. Com a alimentação complementar introduzida à dieta da criança, é importante incluir itens, como frutas, verduras e legumes, ricos em ácido fólico e vitamina B12, essenciais para evitar alguns tipos de anemia”, destaca.

O tratamento varia conforme a causa. No caso da ferropriva, são indicados suplementos à base de ferro, além de requerer orientações e acompanhamento de um pediatra. “É essencial que a criança receba orientação nutricional, a fim de alcançar uma equilibrada, com a quantidade de ferro adequada para suas necessidades”, explica Dr. Feferbaum.

Já as anemias de caráter hereditário são tratadas pelo pediatra ou especialista  (hematologista), necessitando de cuidados e tratamentos específicos.

A anemia prolongada, de qualquer etiologia, compromete o crescimento e desenvolvimento cognitivo da criança.  A sua detecção, correto diagnóstico e a terapêutica apropriada corrige este frequente problema das crianças.

 

 

Fonte: Acontece Comunicação – Prof. Dr. Rubens Feferbaum Especialista em Pediatria e Nutrição Clínica e  Prof. Livre Docente em Pediatria da FMUSP. Médico da Unidade Neonatal do Instituto da Criança do HCFMUSP ( Faculdade de Medicina da USP)