Os truques da odontopediatria para que as novas gerações não carreguem o trauma da “cadeira do dentista” para o resto da vida
Um ambiente colorido e repleto de atividades infantis. É já na recepção que começa a mudança de conceito no atendimento dos consultórios dentários. Nada de parede cinza e de tom solene do atendente que durante anos assustaram gerações de crianças. As cores alegres, dvd´s, livros, jogos interativos e muitos brinquedos espalhados tornam o ambiente acolhedor e criam uma atmosfera identificada com a realidade da criança. “A idéia é que todo o atendimento seja realizado de forma lúdica visando estabelecer uma relação de confiança entre a criança e o profissional”, afirma a odontopediatra Ludmila Rosa que segue a cartilha do atendimento moderno e diferenciado para não assustar a garotada que freqüenta o consultório dela no Morumbi. “Quem não se lembra da sensação desagradável de ir ao dentista e encontrar aquela sala cheia de aparelhos desconhecidos e barulhentos, de alguém com uma roupa branca nos fazendo perguntas que não podíamos responder por estarmos imobilizados, com a boca aberta? Que horror!”, relembra a dentista, revelando ser ela, mesmo, uma adulta traumatizada pela primeira experiência num consultório dentário.
Mas os tempos mudaram e as transformações atingiram a relação dentista/paciente. Sendo assim, os profissionais hoje abordam assuntos de prevenção de doenças bucais, hábitos alimentares, o uso da chupeta e da mamadeira de uma maneira descontraída, num ambiente confortável para toda a família. “Antigamente as crianças só visitavam o dentista quando sentiam dor, o que gerava uma experiência desagradável. Hoje os pais sabem que a criança deve ser levada ao consultório antes mesmo do primeiro ano de vida.” acrescenta Ludmila Rosa.
O dentista é hoje um agente importante na formação de hábitos saudáveis das crianças, e, por isso, passou a ser mais exigido e cobrado pelos pais. A consciência coletiva da prevenção obrigou a mudanças no atendimento e o profissional precisa estar cada vez mais preparado para acompanhar essas transformações. “O exercício da Odontopediatria exige conhecimento técnico-científico atualizado e não se limita somente à prevenção e ao tratamento de doenças já instaladas. É importante também um conhecimento de psicologia e de educação infantil para que se possa ampliar os benefícios do atendimento”, conclui a odontopediatra Ludmila Rosa.
Dra Ludmila Rosa é especialista em Odontopediatria e membro da Associação Brasileira de Odontopediatria
www.ludmilarosa.com.br
Fonte: Ageimagem