Logo após o nascimento do bebê, alguns casais optam por já fechar a “fábrica”. Quando essa decisão é tomada, homens e mulheres procuram procedimentos saudáveis de eliminar as chances de gravidez tardia ou indesejada. A vasectomia é um dos métodos contraceptivos. O procedimento cirúrgico é feito nos homens e interrompe a circulação dos espermatozoides produzidos pelos testículos.
De acordo com o ginecologista Joji Ueno, responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês, o processo não impede 100% a fecundação. “Estimativas apontam que a cada 100 operados, existe o risco de, pelo menos, dois serem pais. Isso acontece devido uma religação espontânea do canal que termina na uretra, embora sejam raros estes casos”, ressaltou Ueno.
Mas o risco acontece de acordo com o tempo de cirurgia. Nos três primeiros meses subsequentes alguns espermatozoides podem sair durante a ejaculação, facilitando a possibilidade de fecundação. No entanto, após cinco anos, a chance torna-se praticamente nula.
Por isso, se o homem mudar de ideia, ainda é possível colher os espermatozoides para injetá-los nos óvulos da mulher. “Neste caso, utiliza-se uma técnica chamada PESA – aspiração de espermatozoides do epidídimo – feita sob sedação. São aspirados os espermatozoides necessários para fecundar os óvulos retirados da parceira, procedimento este feito com agulha de insulina”, explica Ueno.
Geralmente, a utilização de esperma coletados nesta situação tem bons resultados, sendo que as chances de gravidez variam entre 35% e 55%, conforme indicam estudos. Todo o tratamento pode durar até 40 dias, é uma maneira segura de reverter a decisão de não ter mais filhos.