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Companhia animal

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Mais que companheiros, os bichos de estimação ajudam a desenvolver  responsabilidade nas crianças

 

Cachorro, passarinho, gato ou chinchila, qual é seu preferido?  Queridos por toda a família, os animais de estimação são companheiros para todas as idades. Independente do tipo de linguagem (latir, miar ou piar), a comunicação é perfeita. Os mais íntimos, costumam até dividir a cama com o dono.

A pediatra e pneumologista infantil do Hospital São Luiz, unidade Anália Franco, Eliane Henriques Moreira Alfani, explica que os bichinhos são queridos principalmente pelos pequenos, porém, em alguns casos podem ser contraindicados por desencadear processos alérgicos e acidentes com lesões sérias, como mordidas e arranhões. “Existem exames que definem quais os fatores alérgicos de cada criança. Mas um dos problemas comuns são os pêlos de animais que servem de alimentos para os ácaros – os principais responsáveis pelas alergias respiratórias”, diz.

Quem chegou primeiro, o bebê ou o animalzinho? Os bichinhos de estimação, por mais queridos que sejam, são seres irracionais e a chegada de um bebê para dividir o reinado pode causar ciúme e irritação. Eliane explica que o melhor a fazer é introduzir o pequeno na rotina do animal sem afastá-lo totalmente de seus locais preferidos, para que não se sinta rejeitado. Além disso, evitar a circulação do ‘companheiro’ nos quartos também é conduta coerente”, diz a especialista.

Ainda segundo a médica, os bebês são indefesos e, portanto, deve haver bom senso para o início deste contato. “O animal deve conhecer a criança, mas sem exageros na relação, pois o ciúme pode levar a agressões inesperadas”, afirma.

Após fortalecidos os laços é comum que a criança e o bichinho sejam os melhores amigos. “Essa relação é uma conquista da criança e o envolvimento nos cuidados é mais um aprendizado para o pequeno. Já para os filhos únicos, que sentem solitários, ou para os introvertidos, adotar um ‘novo amigo’ pode ser a solução”, sugere a pediatra.

Durante as brincadeiras, abraços e lambidas são inevitáveis. Mas, a especialista alerta: “Os animais podem transmitir doenças através da urina, fezes ou saliva às crianças. Os donos devem levá-los com frequência ao veterinário para as vacinas e vermífugos necessários”, recomenda Eliane.

Mesmo bem cuidados, a higiene da família é fundamental. É importante que os pais ensinem aos filhos que após brincar com o animal deve-se sempre lavar bem as mãos. “Nunca deixe que ele suba na cama ou sofá da criança, areje bem os cômodos da casa, aspire e limpe ao menos uma vez ao dia para evitar o acumulo de pelos e pós’, conclui Eliane.

Fonte: Sempre Materna