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Congelamento de óvulos é opção para maternidade tardia

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Mulheres podem preservar seus óvulos e postergar planos de gravidez

Na década de 60, a idade considerada ideal para a concepção era entre os 18 e 25 anos. Nos dias de hoje, com o avanço das técnicas de medicina reprodutiva é possível adiar a maternidade e planejar uma gestação saudável após os 35 anos de idade. A criopreservação de oócitos, mais conhecida como congelamento de óvulos é um dos métodos desse segmento que possibilita a gravidez já em faixas etárias mais avançadas.

O procedimento foi reconhecido como técnica não experimental em 2012 pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e já pode ser praticado em todo o país. “Essa técnica é indicada para mulheres por volta dos 30 anos, com ou sem parceiro que pretendem engravidar posteriormente, para pacientes que terão que se submeter à quimioterapia ou radioterapia ou para mulheres que tenham adquirido um excesso de óvulos em um tratamento de fertilização”, explica a diretora da Clínica Invita e membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Dra. Graciela Morgado.

A queda da reserva ovariana e a má qualidade dos óvulos produzidos são os principais fatores que dificultam a concepção a partir dos 30 anos. Um estudo realizado em 2014, analisou 15.000 embriões e demonstrou uma taxa de 75 a 100% de embriões com aneuploidia (alteração genética no número de cromossomos) em mulheres com idade superior a 42 anos, e no grupo entre 26 e 30 anos, a porcentagem diminuiu significativamente, de 20 a 27%.

A criopreservação é uma opção para conservar óvulos de melhor qualidade e facilitar a concepção, como destaca a ginecologista e obstetra especialista em infertilidade conjugal: “As mulheres que realizam a preservação da fertilidade têm menor chance de aneuploidia, menor chance de abortamento e maior taxa de gravidez se utilizarem os seus óvulos congelados (com idade até 35 anos) do que realizar tratamento de FIV em idade avançada, após os 37 anos, por exemplo”.

A médica ressalta ainda a importância desse tipo de tratamento ser conversado e proposto pelo ginecologista durante as consultas de rotina: “É imprescindível que as pacientes acima de 30 anos compartilhem com o especialista o desejo de preservação da fertilidade. Para que assim, seja feita uma avaliação e indicação do procedimento mais adequado”, finaliza Dra. Graciela.

Fonte: Dra. Graciela – Time Comunicação