Sempre Materna

Corrimento ou secreção?

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Segundo o obstetra, Paulo Basto de Albuquerque, a medicina classifica corrimento como secreção vinda dos genitais que além de ser incômodo, tem a presença de germes. “Entretanto, é importante esclarecer que fisiologicamente a mulher apresenta também secreção vaginal. Essa, diferente do corrimento, não causa incômodos, é livre de germes e comum nos casos de excitação sexual, ovulação e durante a gestação”, afirma.

Popularmente, sintomas fisiológicos são leigamente classificados também como corrimento. Conhecer as diferenças, porém, é fundamental para tratamentos e a devida orientação médica. “A identificação pela paciente se baseia na associação do corrimento com coceira, às vezes intensa ou mal cheirosa. Nestas eventualidades devem se preocupar, pois o risco de complicações está presente”, alerta.

Paulo explica que as causas do corrimento na gestação são ligadas à mudança da acidez vaginal. “Essas alterações podem ocasionar infecção fúngica, provocada pela Candida albicans, e atrapalhar no parto normal — por alterar a elasticidade vaginal favorecendo a pequenas lacerações”, diz o médico, que completa: “No caso da vaginose bacteriana — resultado de infecção por associação de bactérias que produzem substâncias que podem enfraquecer as membranas que compõem a bolsa — facilita o nascimento pré-termo, além de predispor à infecção urinária.”

Para as mulheres que apresentavam corrimento antes da gestação, os sintomas podem se intensificar. Contudo, tratado corretamente, com cremes vaginais antifúngicos ou até com medicamentos orais, o problema desaparece.

No entanto, falando-se de secreção, a má notícia para as futuras mamães é que esse incômodo feminino estará presente durante toda a gestação. Mas a boa notícia é que ao final da gravidez essa secreção pode até aumentar, principalmente pela perda do tampão mucoso, quando ficará mais espessa. Agora, só se preparar para brevemente ir à maternidade e curtir a chegada do tão esperado bebê.