Sempre Materna

Da criança ao adolescente: Cuidados para uma infância saudável

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Aleitamento materno, hábitos saudáveis e acompanhamento do pediatra contribuem para um desenvolvimento adequado

 

Se há um ponto que todos os pais concordam é que não existe fórmula mágica, menos ainda exata, para cuidar dos filhos. Cada família tem suas táticas, manhas e experiências. Porém, alguns cuidados relacionados à saúde das crianças valem ser compartilhados, pois os hábitos bons ou ruins adquiridos na infância podem refletir na fase adulta. As precauções têm início já no pré-natal, passam pela amamentação e se estendem também à adolescência.

 

Ainda gestantes, as mães devem se preocupar com a alimentação e vacinas, além de procurar treinamentos que vão auxiliar em relação aos cuidados nos primeiros meses de vida do bebê. Estas orientações podem ser adquiridas através dos contatos com o pediatra antes mesmo do nascimento, que também vai desmistificar questões práticas da nova rotina.

 

– Após o nascimento, a melhor forma de fortalecer o sistema imunológico da criança é através do aleitamento materno, que, junto com as vacinas recomendadas pelo Calendário Nacional de Vacinação, irá criar uma barreira protetiva para o bebê, evitando infecções e estimulando a produção de anticorpos – destaca a Dra. Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D’Or.

 

Outros dois pontos importantes para a saúde da criança estão relacionados ao sono e à alimentação. O ideal é que os pequenos durmam em média oito horas por dia, podendo variar para mais, caso seja um bebê de até seis meses. O descanso está diretamente ligado com o desenvolvimento neurológico, metabólico e à produção hormonal. As horas de sono dependem do ritmo de cada família, sendo esta responsável por procurar manter um repouso de qualidade.

 

Já a alimentação adequada e equilibrada, associada à pratica de exercícios, evita obesidade infantil, controla a glicemia, e previne distúrbios de lipídios e triglicerídeos. No entanto, a atividade física deve fazer parte, também, de toda família, além ser estimulada com parcimônia, pois “é preciso ter cuidado para não estressar a criança com excesso de atividades. Tempo livre também é importante”, aconselha a pediatra.

 

Como uma das recomendações, vale ressaltar o acompanhamento, de forma rotineira, do pediatra. As famílias tendem a visitar menos o especialista, pois, à medida em que a criança cresce, menos doente tende a ficar, ocasionando a evasão nos consultórios.

 

– O acompanhamento do pediatra é importante para detectar outras questões de crescimento. Exames de rotina ajudam, por exemplo, a diagnosticar síndromes metabólicas – que, às vezes, está presente desde cedo devido à alimentação inadequada, e avaliar a produção hormonal. Além disso, é uma oportunidade para orientar sobre outras questões, como doenças sexualmente transmissíveis, já na fase de transição da infância para a adolescência – finaliza Dra. Carla Dall Olio.

 

Fonte: Dra. Carla Dall Olio