O brincar de Faz de Conta é um excelente exercício de imaginação, um treino para a vida real, pois com ele as crianças vivenciam experiências que estimulam a criatividade e ajudam no desenvolvimento cerebral e afetivo, além de despertar para as noções de socialização.
Segundo Maria Irene Maluf, especialista em Psicopedagogia, Educação Especial e Neuroaprendizagem, brincar é a atividade própria das crianças, que através desse mundo de faz de conta, de brincadeiras e jogos, adquirem novos conhecimentos, elaboram sentimentos, trabalham seus medos e angústias, aprendem a dominar seus impulsos, a copiar modelos, a resolver desafios inusitados, a agir com segurança e espontaneidade, numa espécie de ensaio para as mais diversas situações da vida real. “Brincar é correr riscos em segurança, é verificar os próprios limites, aprender regras, conhecer melhor a si próprio e ao outro, criar, planejar, amadurecer, aprender” resume ela.
Para a especialista, brincar é essencial para o amadurecimento físico e psicológico da criança. De acordo com ela, por meio das brincadeiras o pequeno vivencia experiências que incentivam o desenvolvimento afetivo e cerebral, além de estimular a imaginação e contribuir para as noções de espaço e tempo. Para a psicopedagogia brincar é uma maneira divertida de aprender a aprender e, aprender de uma forma única, pessoal.
Maluf explica que a capacidade de se adaptar a diferentes situações, fundamental na vida adulta, é uma das habilidades desenvolvidas por meio das brincadeiras infantis. “Enquanto brincam as crianças aprendem a cooperar umas com as outras e a criar relações sociais que vão ajudá-las a se tornar adultos mais maduros e capazes de solucionar problemas”, ressalta.
Para os pais que querem proporcionar esses momentos de aprendizagem e crescimento para seus filhos a dica da profissional é usar a imaginação. “Com os jogos, crianças são apresentadas de forma prazerosa às regras, criam respeito às normas, ao parceiro e compreendem a importância de agir em grupo para chegar a um objetivo comum. Aprendem a ganhar, a perder, recomeçar, a vencer obstáculos e a perceber que, às vezes, o jogo depende do esforço e do raciocínio dela e não apenas da sorte”, diz Maria Irene que ainda complementa: “Jogar de igual para igual aumenta a capacidade de raciocínio, concentração e adaptação as mais diferentes situações de desafio que enfrentará na escola e na vida adulta”.
Não menos importante, de acordo com a psicopedagoga, é o brincar de Faz de Conta. “Além de umm excelente exercício de imaginação é um treino para a vida real, pois com ele as crianças vivenciam experiências que estimulam a criatividade e ajudam no desenvolvimento cerebral e afetivo, além de despertar neles as noções de socialização”, comenta.
Maluf é enfática ao comentar que atualmente as prateleiras das lojas estão inundadas de brinquedos e jogos variados e belíssimos. Mas que nem sempre é possível as famílias adquirirem tudo o que as crianças pedem e nem mesmo recomendado ou necessário. Na opinião dela é possível e saudável que pais e filhos improvisem brinquedos maravilhosos, em casa, e feitos dos materiais mais inusitados.
Para encerrar Maria Irene afirma que, seja de que forma for, brincar está na origem da aprendizagem humana, assim como os brinquedos e os jogos que foram criados a partir da necessidade de dar formas à criatividade infantil. E você já brincou hoje com seu filhote?
Fonte: Maria Irene Maluf