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Dengue não impede amamentação

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Estudo preliminar com mulheres que tiveram a doença aponta que não houve transmissão para os bebês amamentados

As mães infectadas pelo vírus da dengue podem e devem continuar a amamentação normalmente durante o período em que estiverem doentes.

 

A recomendação é do médico infectologista Benedito Antonio Lopes da Fonseca, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, ligado à Secretaria de Estado da Saúde “Caso a mulher esteja infectada pela dengue e tenha energia para amamentar, estará trazendo benefícios para a criança”.

 

Segundo Fonseca, um estudo preliminar no HC de Ribeirão Preto, com seis mulheres que tiveram dengue no final da gestação, mostra que em nenhum dos casos houve transmissão do vírus da dengue para os bebês depois de amamentados.

 

“Não há perigo de contaminação, uma vez que a dengue não passa pelo leite. A doença só é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti“, explica o infectologista.

 

Além disso, foi comprovado que os bebês absorveram, durante a amamentação, uma proteção contra o vírus da dengue.  Isto porque o leite materno é rico em anticorpos e na parte gordurosa possui um fator antidengue que age como ação farmacológica, protegendo o bebê.

 

“Agora vamos pesquisar se esses anticorpos são suficientes para imunizar os bebês e qual é o prazo dessa imunização.” Para isso, é necessário colher o sangue dos bebês três semanas depois que as mães se recuperarem da dengue e refazer os exames.

 

Segundo o médico, a amamentação não pode ser encarada como uma vacina contra a doença.  O que significa que todos os cuidados de higiene e as recomendações para se evitar a proliferação da dengue devem ser mantidos.

 

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo