Sempre Materna

Diversificar a alimentação do bebê é fundamental para sua nutrição adequada

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A introdução de novos alimentos deve acontecer após os seis meses de vida sempre com acompanhamento do pediatra e é fundamental para que o bebê tenha uma dieta balanceada e receba todos os nutrientes que necessita para o seu adequado desenvolvimento e crescimento, bem como para a formação de hábitos alimentares saudáveis. Uma dieta monótona pode levar à inapetência e comprometer o estado nutricional da criança.

 

Para grande parte das mães a introdução de novos alimentos é um desafio, pois o bebê, que até então só tinha contato com o leite materno, tende, inicialmente, rejeitar novos sabores e texturas.

 

Para facilitar a aceitação do alimento pelo bebê, há algumas dicas nem sempre conhecidas pelas mães, sobretudo aquelas de primeira viagem. Antes da primeira tentativa, é muito importante que a mãe tenha consciência da importância da família no comportamento alimentar da criança no futuro. Os hábitos alimentares adotados em casa servem de exemplo na vida da criança que começa a receber alimentação complementar ao leite materno.

 

O ideal é que o primeiro alimento seja uma papa macia e pastosa, preparada com cereal (arroz, milho e batata) ou com frutas. A primeira papa salgada deve ser oferecida uma vez ao dia, no almoço ou jantar. A partir do sétimo mês o bebê já pode receber a papa salgada no almoço e jantar, sempre mantendo o aleitamento materno.

 

É normal que o bebê rejeite um determinado tipo de alimento até oito vezes, em média, até aceitá-lo completamente. O que não significa que ele não tenha gostado, por isso, a insistência é fundamental. Utilizar colher adequada com pequenas quantidades também colabora na aceitação. Deve-se lembrar que esta é uma fase de intenso aprendizado para o bebê, por isso é necessário paciência. É natural que o bebê cuspa a comida, brinque com ela e até tente colocar as mãos para satisfazer sua curiosidade em relação ao novo alimento.

 

A consistência dos alimentos deve ser progressivamente elevada, respeitando o desenvolvimento de cada criança. Dessa forma a mãe evita a oferta de alimentos muito diluídos (com baixa densidade calórica) e propicia a oferta calórica adequada. No início, devem ser pastosos (bem amassadinhos) e com o passar do tempo, semi-sólidos, com pedacinhos. Dê preferência por oferecer alimentos cozidos e, após o primeiro ano, verduras e legumes crus na forma de saladinhas. É indicado que até o final do primeiro ano de vida a alimentação do bebê esteja bem próxima da consistência da alimentação da família.

 

Aos sete meses, a criança deve receber pelo menos uma papa salgada composta por cereais ou tubérculos, carne e hortaliças. Um dia na preparação: a carne não deve ser retirada após o cozimento, mas, sim, picada ou desfiada e servida à criança (procedimento fundamental para o fornecimento adequado de ferro e zinco).

 

Já os cereais secos podem ser oferecidos na forma de mingaus, servidos com colher, como lanche à tarde, entre o almoço e o jantar, ou no café da manhã. Permita que o bebê tente alimentar-se sozinho, sempre sob supervisão de um adulto, um ato importante no desenvolvimento de sua coordenação motora.

 

Dicas para esta fase

 

Comer muito não é comer bem. A mãe não deve preocupar-se apenas com a quantidade, mas também com o aporte nutricional que oferece. O carboidrato deve ser o equivalente a 45-65% do total de energia da dieta, enquanto a proteína deve ser no máximo 5-20% da dieta. As papinhas devem ser intercaladas com o aleitamento para que o bebê tenha as refeições em horários corretos e volumes adequados.

 

Não alimente o bebê em locais com muito barulho ou em frente a TV;

Não usar açúcar nas papas de frutas;

Não usar a mamadeira para oferecer papa pastosa;

 

Fonte: Sempre Materna