Sempre Materna

Doação realiza o sonho de muitos casais

017-nenem-nos-bracos2Nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Esse é o ciclo natural da vida do homem. Porém, em alguns casos a fase da reprodução não é tão simples quanto parece.

Para muitas pessoas, gerar outra vida é a etapa mais importante, e por alguns empecilhos, não pode ser realizada. Atualmente, com a agitada vida moderna, os processos de reprodução assistida, fertilização in vitro, entre outros tipos de gravidez induzida, tomaram maiores proporções, mas não são as únicas soluções.

A adoção é a alternativa de muitos casais. Ter uma criança para dar amor, criar, educar e servir como companheira para o resto da vida é o grande desejo dessas pessoas. Assim, une-se o útil ao agradável, resultando em uma família feliz.

“O significado de ter um filho é diferente para cada um. Às vezes os motivos são obscuros e o casal deve refletir bastante sobre o processo, para que a maternidade e paternidade venham ao encontro do desejo real do casal, enquanto estrutura familiar. Não é recomendado que a adoção seja feita para aplacar desavenças ou suprir necessidades mal resolvidas, é a vida de uma criança que está em jogo”, explica a psicóloga Ivete Halpern.

Tomada a decisão, deve-se dar início aos procedimentos jurídicos, o que pode ser considerado o começo da gestação. Diferente de uma gravidez biológica, não há previsão exata para que a adoção de fato se concretize, por isso, é recomendado que os futuros pais tenham calma e segurem a ansiedade. Mas curta cada momento de sua subjetiva gestação, com certeza será inesquecível.

Não pule etapas, faça o seu “pré-natal”, desde os primeiros passos para a adoção. Converse com outros pais adotivos, leia livros sobre o assunto, procure um psicólogo para tirar todas as suas dúvidas, escolha o pediatra que cuidará do seu pequeno, faça as compras dos móveis, roupinhas e acessórios, conte aos amigos a novidade e programe o chá de bebê. Assim, o casal estará totalmente envolvido com a chegada do tão esperado filho.

Após todos os preparativos, finalmente uma etapa delicada, emocionante e de grande importância: a escolha da criança. Os pais devem estar cientes que nem sempre seu filho terá traços físicos familiares. É hora de deixar o coração falar mais alto e seguir o instinto maternal.

Contar ou não contar, eis a questão!

Com o passar do tempo essa dúvida persiste na mente dos pais adotivos. Então é melhor ouvir o conselho de um profissional. “Quando um casal opta pela adoção, a melhor forma de trabalhar as diferentes fantasias vinculadas ao processo é a revelação da origem do pequeno. De maneira delicada e amorosa, os pais devem dizer que o bebê é um filho do coração e não da barriga. A verdade, além de reorganizar a história da criança, minimizará os efeitos das fantasias e angústias que o desconhecido acarreta”, finaliza Halpern.