Acordar no meio da noite com o choro do seu pequeno sempre traz muita preocupação e perda de sono aos papais e mamães.
Estes episódios costumam ocorrer sem qualquer motivo aparente, trazendo ansiedade para todos. Durante o sono, nossos filhos podem passar por experiências desagradáveis, como o terror noturno e os pesadelos. Hoje vamos discutir alguns aspectos destes episódios, entendê-los e, principalmente, saber como lidar com eles.
Terror noturno: o que é isso?
O terror noturno ocorre em até 3% das crianças, principalmente entre 4 e 7 anos, e caracteriza-se por um alerta súbito, acompanhado de gritos, choro intenso e agitação. O coração acelera, a respiração fica mais rápida, a pele fica rosada e a musculatura fica tensa. A criança senta na cama, mas não desperta. O comportamento normal é de medo intenso e eles costumam ignorar a presença dos papais quando têm a crise.
A tensão costuma durar de 30 segundos a 5 minutos, e o pequeno voltará a dormir como se nada tivesse acontecido, e no dia seguinte não se lembrará de nada. O terror noturno tem forte relação familiar (papai, mamãe ou irmãos com histórico na infância), e as crises tendem a reduzir com a idade, podendo raramente permanecer até a idade adulta, e costuma desaparecer após os 8 anos de idade.
Ocorre mais frequentemente nas primeiras horas do sono, diferente dos pesadelos que ocorrem durante a madrugada.
Pesadelo
Qual filho nunca teve um pesadelo? Eles são caracterizados por um sonho amedrontador que faz os pequenos acordarem assustados, com sensação de medo, solicitando a companhia dos pais, querendo muitas vezes dormir no quarto deles.
Os pesadelos são mais comuns na infância e tendem a desaparecer com o tempo. O conteúdo dos sonhos pode ser influenciado por experiências vividas, como um estresse pessoal ou familiar, programas de televisão, video games, febre, entre outros fatores. A criança costuma se lembrar do pesadelo ou de partes dele. A alimentação logo antes de dormir também pode favorecer a ocorrência de pesadelos.
Como lidar com estes episódios no dia a dia?
Lembre-se que tanto o terror noturno como os pesadelos são situações comuns nos pequenos, na maioria das vezes transitórias e esporádicas, sem necessidade de qualquer exame ou tratamento especial.
Estabelecer rotinas nos períodos que antecedem o sono, limitando horários e evitando certos programas de televisão, bem como atividades que exigem muita agitação, podem ajudar a prevenir os pesadelos e o terror noturno.
Na dúvida, sempre consulte o pediatra, que saberá orientá-los como proceder.
Fonte: Marco Aurélio Safadi