Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, a obesidade infantil acarreta diversas consequências e expõe uma delicada questão social: o hábito alimentar incorreto da própria família, na maioria das vezes, está por trás da doença.
Segundo a endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Sandra Mara Ferreira Villares, a criança é um reflexo dos hábitos da família. “Para dar um bom exemplo de alimentação, todos devem comer corretamente. Não adianta a mãe organizar a refeição do filho e outros parentes trazerem docinhos para agradá-la. Muitas vezes, a alimentação inadequada é confundida com “dar amor”, explica.
Dados recentes divulgados pela OMS apontam que 41 milhões de crianças com até 5 anos de idade sofrem de obesidade ou estão com sobrepeso em 100 países. A projeção é que, em 2025, este número chegue a 75 milhões.
O problema é tão sério que pode levar a criança obesa a apresentar a complicações sociais e psicológicas, apneia do sono, doenças pulmonares obstrutivas e no futuro coronariana, além de diabetes tipo 2, hiperlipidemia (aumento de gordura no sangue) e esteatose, (aumento de gordura no fígado ), também faz parte da complicação da obesidade .
Para a médica, na alimentação, o mais prudente para prevenir a doença é fazer a criança ingerir leite, frutas e sucos sem adição de açúcar. Outro fator importante é ter atenção a quantidade e qualidade dos alimentos, sobretudo em relação aos considerados inadequados, como lanches, salgadinhos, doces e produtos industrializados.
A prática de atividades físicas, esportes e brincadeiras assume função primordial no controle do peso dos baixinhos. “Incentivar as crianças a praticar exercícios físicos é um bom modo de fazê-las ‘queimar as gordurinhas’, desde que sejam feitos com bom senso”, orienta a endocrinologista, que não aconselha o crossfit para a garotada.
Fonte: HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS – TREE COMUNICAÇÃO