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Fertilização in vitro não é mais sinônimo de gravidez múltipla

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Cerca de 30% de gravidezes por fertilização in vitro (FIV) no Brasil têm como resultado gestações múltiplas. É um número alto, mas não porque foi necessário o tratamento para engravidar que a mulher terá gêmeos ou trigêmeos. Isso porque já há uma preocupação grande com a gestação múltipla em todo o mundo e a solução adotada é a implantação de menos embriões. 

 “Desde o ano 2005, começamos a transferir menos embriões, já pensando nessa questão das gestações múltiplas. Uma gravidez de mais de um bebê é considerada de risco, trazendo diversos perigos para a mãe e o filho. Com certeza, é uma situação bem mais complicada e temos diversas complicações graves nesses casos”, afirma Dr. Pedro Monteleone, diretor da Clínica e coordenador técnico do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Cínicas de São Paulo.

Com menos embriões transferidos se mantém praticamente a mesma taxa de sucesso do tratamento e ainda há menos desconforto para a mulher, que já sofre com a pressão e a tensão das tentativas de engravidar, além das dificuldades de cuidar de dois ou mais bebês de uma só vez.

Na Europa, a taxa de gestações múltiplas provenientes da FIV, há quatro anos, está estável, em 26,4%, sendo que destes, 24,4% são gestações de gêmeos, 2,0% de trigêmeos e 0,04% de quadrigêmeos. De acordo com os números do Registro Latino-americano de Reprodução Assistida, a situação se repete no Brasil.

Fonte: Dr. Pedro Monteleone, diretor da Clínica e coordenador técnico do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Cínicas de São Paulo.