A urina é a principal responsável pela formação do líquido amniótico e indica que os rins do feto estão sendo irrigados adequadamente pelo sangue. Já as fezes, chamadas de mecônio, nem sempre são um bom sinal.
O ginecologista e obstetra Domingos Mantelli explica que o feto faz xixi desde o início de sua formação. E só na fase final da gestação é que começa a fazer cocô, o que significa que os intestinos estão maduros e ele já está pronto para nascer. Mas, em alguns casos, o mecônio no líquido amniótico pode gerar um sofrimento para o bebê. “Quando há falta de oxigenação para o feto, ele contrai o intestino e relaxa os esfíncteres, fazendo com que o mecônio seja liberado”, diz.
Aspirar mecônio é perigoso?
O risco acontece quando há aspiração do mecônio, que vai para os pulmões do bebê e causa alterações respiratórias. Dependendo da situação, pode ser necessária a incubação do bebê. Por isso, se houver algum sinal de que o mêconio foi liberado, a mulher precisa ir o mais rápido possível para o hospital, pois o parto precisa acontecer. “Se a bolsa romper e o líquido estiver esverdeado, é bem possível que o caso seja de sofrimento fetal. A mulher deve ir para o hospital com urgência para que haja um monitoramento a situação e para que o médico possa verificar o caso e indicar o melhor a fazer para que o bebê não sofra riscos ou continue sofrendo”, orienta.
Ele diz ainda que a presença de mecônio no parto não impede que o bebê nasça de forma natural. “Desde que não haja sofrimento fetal, o parto normal pode ser realizado sem riscos. Já a cesárea só será indicada se houver risco de vida para o bebê”, finaliza.
Fonte: Bolsa de Mulher – Dr. Domingos Mantelli – Contato Comunicação